Durante a gestação, é comum que algumas mulheres enfrentem um pequeno sangramento vaginal nas primeiras 20 semanas. Isso pode gerar um grande susto, principalmente para mamães de primeira viagem, mas é importante saber que cerca de 20% a 30% das gestantes passam por isso. E, em muitos casos, a gravidez segue sem maiores problemas. Mas, claro, sempre que isso acontecer, o ideal é buscar orientação médica para entender o que está acontecendo.
A boa notícia é que, embora o sangramento possa ser um sinal de aborto espontâneo, muitas mulheres conseguem continuar suas gestações com sucesso. Vamos explorar as causas mais comuns do sangramento e o que fazer para garantir o melhor cuidado possível para você e seu bebê.
Quais são as causas mais comuns do sangramento no início da gravidez?
O aborto espontâneo é, sem dúvida, a causa mais frequente de sangramentos nas primeiras semanas de gestação. Muitas mulheres notam manchas ou sangramento leve no começo, o que pode ser um indício dessa complicação. Em alguns casos, esse processo é acompanhado de cólicas intensas, mas também pode ocorrer sem sintomas, sendo detectado apenas durante exames médicos de rotina.
Outro fator que deve ser observado é a gravidez ectópica, onde o embrião se implanta fora do útero. Essa condição é grave e exige tratamento imediato, geralmente com medicamentos ou cirurgia, pois, se não tratada, pode causar ruptura das trompas de Falópio, resultando em sangramentos pesados e sérios riscos para a saúde da mulher.
Quais são os fatores de risco que podem aumentar a chance de complicações?
Existem alguns fatores que podem aumentar a probabilidade de um aborto espontâneo ou gravidez ectópica. Fique atenta se você se encaixar em algum dos seguintes perfis de risco:
- Idade materna superior a 35 anos;
- Histórico de abortos espontâneos recorrentes;
- Tabagismo ou uso de substâncias ilícitas, como cocaína;
- Histórico de cirurgias uterinas ou problemas no útero.
Se você tiver feito uma cirurgia abdominal ou utilizou dispositivos intrauterinos (DIU), seu risco de gravidez ectópica também pode ser maior. Além disso, infecções pélvicas anteriores aumentam esse risco.
O que fazer se eu perceber um sangramento vaginal?
Primeiramente, não entre em pânico! O sangramento no início da gravidez pode ser comum, mas deve ser sempre levado a sério. Caso você note qualquer tipo de sangramento, é importante procurar um médico imediatamente. E se você sentir sintomas como tonturas, desmaios ou dor abdominal intensa, esses são sinais de alerta que exigem atenção urgente.
O médico fará uma avaliação detalhada, que pode incluir exames de ultrassonografia, medição dos níveis hormonais e testes de coagulação sanguínea. A ultrassonografia, por exemplo, vai ajudar a verificar o bem-estar do bebê e se ele está se desenvolvendo corretamente.
Como o sangramento é tratado?
A maneira de tratar o sangramento depende da causa. Para sangramentos leves, o médico pode recomendar repouso e evitar relações sexuais. Embora não existam provas de que essas ações possam evitar o aborto espontâneo, o descanso é sempre importante para o corpo. Em casos mais graves, onde o sangramento é intenso, pode ser necessário administrar líquidos intravenosos ou até realizar uma cirurgia, dependendo da situação.
Se o médico identificar um risco maior de complicações, ele pode sugerir uma vigilância ativa, com exames de acompanhamento para monitorar a saúde da mãe e do bebê.
