
Todo mês um tema diferente sobre o universo da amamentação com depoimentos de leitoras e a declaração da nossa especialista. Fique ligada no nosso Instagram para saber os próximos assuntos e mande sua história. O do mês de outubro foi cirurgia plástica.
“Fiz redução das mamas aos 24 anos e fui mãe pela primeira vez aos 31 e depois, aos 40. Amamentei os dois
normalmente durante mais de dois anos”. Solange Dias, mãe de Ricardo e Tiago.
“Fiz antes de ter filhos e sabia do risco. Não consegui amamentar nenhum dos dois, infelizmente. Tentei bancos de leite, relactação, mas não rolou e bola pra frente! Fomos de fórmula e os dois estão saudáveis”. Patrícia Capovila, mãe de Larissa e Guilherme.
“Tenho próteses de silicone implantadas atrás do músculo. Meu maior medo era não conseguir amamentar. Meu médico me deu muita segurança e eu amamento até hoje, há 2 anos e 4 meses”.Sara Moura, mãe de Emma.
O Brasil ocupa a segunda colocação no ranking mundial de cirurgias de mama. Entre adolescentes, elas aumentaram 141% entre 2008 e 2012. No momento de considerar fazer uma cirurgia plástica nos seios é bom ter em mente que o que pode impactar a amamentação são aspectos como o tipo de cirurgia, técnicas utilizadas, local da cicatriz, inervações danificadas ou não, quantidade de tecido removido, e mais. As cirurgias de aumento (prótese de silicone) podem ser relacionadas ao empedramento, o que pode levar à diminuição da vazão do leite e dificultar a pega. Já as cirurgias de redução podem ter impacto no aleitamento materno exclusivo devido às alterações estruturais e funcionais da mama. Mas é sempre bom lembrar que são casos e casos, cada mulher é única e deve ser avaliada e orientada pelo médico especializado. E mesmo sabendo das possibilidades, não é possível prever os impactos da
cirurgia no sucesso da amamentação antecipadamente.
Por isso, cabe aos profissionais encorajar e dar suporte à mulher durante a gestação e possibilitar a amamentação na primeira hora de vida. Alguns casos requerem intervenção, e ser amparada por especialista contribui para que a paciente não tenha ainda mais obstáculos para a continuidade do aleitamento, uma vez que a amamentação exclusiva é uma possibilidade para mulheres que realizaram cirurgias também.
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