Moradoras da periferia, com apenas ensino fundamental e salários menores que aquelas que não têm filhos: este é o perfil da maioria das mães paulistanas. Em todas as faixas etárias, as mulheres com filhos têm rendimento mensal menor que as sem, sendo que a maior diferença está entre as mães de 25 a 29 anos – aquelas que não têm filho ganham, em média, o dobro das outras.
Entre as mulheres com ensino superior completo apenas 22% têm filhos.
Segundo o psicólogo e professor aposentado da USP, Ailton Amélio da Silva, para o Estadão, “a mulher que carrega o fardo de cuidar do filho, por mais que o pai viva junto. A relação é desigual”. Ainda de acordo com o psicólogo, a pressão pelo sucesso profissional acaba sendo uma fonte de sofrimento para as mães.
Mães solteiras na periferia: realidade 3,5 vezes maior que em bairros nobres
Uma em cada três mães da periferia é solteira: um retrato que foge da família tradicional, que é exceção nesses bairros paulistanos. Para se ter uma ideia, no bairro Jardim Ângela, apenas 39% das mães são casadas, em contrapartida 53% são solteiras, 5% são separadas e 2% são viúvas. Assim, a chance de uma mãe na periferia achar um marido para cuidar de seus filhos é praticamente a metade. Já no bairro Perdizes, mais central, as mães solteiras são menos de 15%.
O grupo analisado pelo Ibope é de mulheres entre 16 e 49 anos (período fértil, em teoria).
Segundo a professora e integrante da Frente Nacional Mulheres no Hip Hop, Regina Rosário, para o Estadão, a figura da mãe é muito valorizada na periferia, o que incentivaria as adolescentes a buscarem este caminho, considerando-o melhor do que o de um subemprego qualquer.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou o perfil da mãe paulistana:
68% trabalham, segundo o Ibope com base no Censo de 2010
R$1.667 é a renda mensal dessas mães
37 horas é o tempo que cada uma gasta no trabalho por semana
13% das mães paulistanas são viúvas
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