Um erro na aplicação de um medicamento em recém-nascidos causou preocupação em Canoinhas, no interior de Santa Catarina. No Hospital Santa Cruz, onze bebês acabaram recebendo, por engano, um antídoto usado para tratar picadas de cobra, no lugar da vacina de hepatite B, que é aplicada nas primeiras horas de vida.
O caso, que aconteceu entre os dias 9 e 11 de julho, está sendo investigado por meio de uma sindicância interna no hospital. A instituição é filantrópica e tem parceria com a rede municipal de saúde.
Estado de saúde dos bebês é estável
Apesar do equívoco, os recém-nascidos não apresentaram sintomas ou reações adversas. Em nota, o hospital afirmou que todos os bebês seguem estáveis e não estão internados. “Reforçamos que nenhuma reação adversa foi identificada nos recém-nascidos, os quais não estão internados, permanecem estáveis e sob acompanhamento”, informou a unidade de saúde em entrevista ao G1.
As famílias também estão sendo acompanhadas pela equipe médica, que, segundo o hospital, segue todos os protocolos de segurança.
O que foi aplicado nos recém-nascidos?
O produto administrado por engano foi a imunoglobulina heteróloga, também conhecida como soro antibotrópico. Esse medicamento é utilizado para neutralizar os efeitos do veneno de cobras do tipo jararaca e não tem relação com vacinas de rotina infantil.

O município confirmou à imprensa que esse foi o composto aplicado nos recém-nascidos, no lugar da vacina indicada para prevenir a hepatite B, doença que pode afetar o fígado e ter consequências graves se não tratada.
Investigação está em andamento
A instituição afirmou que já iniciou os processos internos para apurar como a troca aconteceu e evitar que novos casos semelhantes ocorram.
Até o momento, não há informações sobre responsabilizações, mas o hospital reforça o compromisso com a transparência e a segurança dos pacientes.