Recentemente, uma notícia chamou atenção e causou polêmica nas redes sociais. Em relato ao site “mom.me”, Adele Allen, uma mulher britânica, contou sobre sua experiência com os dois filhos, em que realizou um procedimento chamado Parto de Lótus. Ela já havia feito com o primeiro filho, que hoje tem 5 anos e resolveu fazer novamente com seu bebê que agora está com 9 meses.
Neste tipo de parto o recém-nascido permanece ligado ao cordão umbilical e à placenta depois do parto. O bebê fica conectado ao órgão até que o cordão se solte naturalmente. No caso do segundo filho de Adelle, isso durou seis dias. De acordo com a ginecologista e obstetra Mariana Halla, essa é mais uma opção que a mulher pode ter em não cortar o cordão umbilical no momento imediato do parto.
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A justificativa para o parto de lótus é a mesma do corte tardio do cordão, que acontece alguns minutos após o nascimento. Essa espera é sugerida para que o máximo de sangue seja passado para o bebê, evitando anemia.
“A gente tem que saber que isso pode aumentar os riscos de infecção. Eu desaconselho essa prática, pois a preferência é pelo clampeamento [corte] do cordão no momento do parto, mas aguardando aqueles 3 a 5 minutos até parar a pulsação do cordão”.
A especialista também afirma que a placenta é um órgão que está cheio de sangue, então depois de algumas horas fora do corpo, vira um meio de cultura de micro-organismos, o que poderia aumentar o risco de infectar o bebê. Como essa não é uma técnica médica regulamentada, Mariana afirma que não existem condutas recomendáveis para a conservação da placenta.
Para Aline Daniele Jafet, doula pós-parto, mãe de Stéphano e Maria Pietra, a vantagem do corte tardio (após o termino da pulsação), é que a transição da respiração de dentro do útero para fora do útero é mais tranquila para o bebê, já que assim que o cordão é cortado, o pulmão imediatamente começa a funcionar e é obrigado a se expandir. “É simples e só requer paciência do profissional. Esperar esperar apenas alguns minutos traz vários benefícios”.
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