Uma pastora-alemã de apenas dois anos tem intrigado moradores e autoridades de uma comunidade no Alabama (EUA). A cadela, chamada Chicarin, encontrou partes de um esqueleto humano em quatro ocasiões diferentes ao longo de menos de um ano, tornando-se peça central em uma investigação de possível homicídio.
Segundo o portal AL.com, o caso mais recente aconteceu no dia 9 de agosto, quando a tutora de Chicarin, Paulina Mejía, percebeu que a cadela havia trazido novamente um osso suspeito para casa. “Ah, ela fez de novo”, pensou Paulina ao reconhecer que o material parecia humano.
Os restos foram encaminhados para exames, enquanto policiais revistavam a área de mata próxima à residência da família. E, mais uma vez, encontraram mais partes do corpo.
Primeira descoberta chocou a família
O primeiro episódio que despertou atenção das autoridades aconteceu ainda em 20 de agosto de 2024. Naquele dia, o marido de Paulina viu Chicarin e outro cachorro da casa brincando com o que parecia ser um crânio humano em frente à residência.

“Meu marido falou: ‘Isso não parece certo’”, contou Paulina. Ao acionar a polícia, os agentes confirmaram: tratava-se de restos mortais humanos.
A autópsia revelou que o crânio apresentava um ferimento de bala. Um perfil de DNA foi criado, mas até o momento não houve correspondência nos bancos de dados nacionais.
Tíbia, fêmur e mandíbula: uma vítima, várias partes
Meses depois, novos ossos apareceram. Em dezembro de 2024, Chicarin encontrou e trouxe para casa uma tíbia humana. Já no dia 10 de abril de 2025, a cadela surgiu no quintal com um fêmur. Durante buscas na propriedade, uma mandíbula também foi localizada.
Testes de DNA confirmaram que todos os ossos pertencem à mesma pessoa. Agora, as autoridades tentam determinar se os fragmentos encontrados em agosto também fazem parte desse mesmo esqueleto.
Dispositivo de rastreamento tenta descobrir onde estão os restos
Para tentar entender de onde Chicarin vem retirando os restos mortais, os investigadores instalaram um dispositivo de rastreamento no animal. A esperança é que, seguindo seus passos, possam chegar ao local original onde os restos da vítima foram enterrados ou descartados.
Paulina, apesar do susto e da comoção, demonstra um sentimento curioso em relação à situação: “Na verdade, estou surpresa e orgulhosa deles (dos cães da família), porque ajudaram por mais de um ano a descobrir esse corpo”, disse ela em entrevista à emissora WBRC.
Ela ainda descreveu o caso como uma experiência “triste e difícil”, marcada pela falta de respostas sobre quem era a vítima ou quanto tempo está desaparecida.
De cão de estimação a celebridade local
Com a repercussão do caso, Chicarin acabou ganhando fama nas redes sociais. Internautas publicaram desde piadas sugerindo que a cadela deveria ser contratada pela polícia até especulações indevidas sobre a possível ligação da família com o crime.
Paulina foi enfática sobre isso: “Isso definitivamente não é engraçado”, declarou, destacando que a situação é mais trágica do que curiosa.