Um estudo recente acendeu um alerta em relação aos potenciais impactos da covid-19 nas próximas gerações.
Isso porque pesquisadores do sistema de saúde Mass General Brigham, em Boston (EUA), analisaram milhares de nascimentos entre 2020 e 2021.
Assim, eles concluíram que os filhos de mulheres que pegaram a doença enquanto estavam grávidas podem ter risco maior de desenvolver autismo.
Os cientistas reforçam que essa relação não é definitiva, apenas mostra que a infecção pelo vírus nessa fase pode exigir uma atenção especial.
A seguir, você confere mais informações sobre esse tema, de acordo com uma matéria publicada no site Gizmodo.
A relação entre os dois fatores
A pesquisa acompanhou mais de 18 mil mulheres grávidas entre março de 2020 e maio de 2021. Cerca de 860 delas testaram positivo para covid-19 nesse período.
Os resultados mostraram que essas mães tinham uma chance até 29% maior de ter filhos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou com atrasos de fala até os 3 anos.
Esse aumento foi considerado moderado, mas os pesquisadores ressaltam que o achado aumenta a importância da prevenção e do acompanhamento médico.
Também é interessante notar que o risco foi mais evidente em casos de infecção no terceiro trimestre e em meninos.
O que já se sabia?
Até mesmo antes da pandemia, alguns estudos já demonstravam que infecções e febres altas durante a gravidez podem afetar o desenvolvimento do feto.
“O que descobrimos com a covid-19 é que o padrão parece semelhante ao observado em outras doenças infecciosas na gravidez”, explica Andrea Edlow, coautora da pesquisa e especialista em medicina materno-fetal.
Cuidado na interpretação
É importante lembrar que esse é um estudo observacional. Ou seja, ele mostra uma relação, mas ainda não prova que a covid-19 causa autismo.
Afinal, outros fatores também podem estar envolvidos, como genética, ambiente familiar e até complicações obstétricas.
Ainda assim, os pesquisadores defendem que as crianças expostas ao vírus durante a gestação devem passar por acompanhamento médico.
A importância da vacinação
Os resultados do estudo mostram que há necessidade de manter a vacinação contra covid-19 em dia, especialmente se você está grávida.
Isso porque a imunização pode reduzir o risco de complicações respiratórias graves, além de proteger o desenvolvimento neurológico do bebê, mesmo que indiretamente.
De acordo com Edlow, “tentar evitar a infecção durante a gestação continua sendo a medida mais segura”.
Informação e cuidado
O estudo também levanta questões acerca da desinformação sobre vacinas.
Mesmo que a pandemia já tenha acabado, o vírus da covid-19 continua circulando, e seus efeitos a longo prazo ainda estão sendo analisados.
Então, não deixe de seguir orientações baseadas em evidências e priorizar o acompanhamento médico do pré-natal.
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