Em 2002, uma mulher chamada Lydia Fairchild, de Washington, precisou de ajuda financeira do governo para conseguir sustentar os filhos. Para que pudesse receber o benefício, ela e os filhos foram submetidos a testes de DNA para oficializar que todos eram parentes. O resultado, no entanto, não foi o que eles esperavam.
Algum tempo depois, ela foi chamada pelo Departamento de Serviços Sociais e descobriu que os filhos que ela havia dado à luz e criado não eram os mesmos: os testes de DNA mostravam que eles biologicamente não eram família dela.
“Quando me sentei, eles vieram e fecharam a porta. E simplesmente voltaram e começaram a me perfurar com perguntas como, ‘Quem é você?’”, ela contou em entrevista à ABC News na época. Com os testes de DNA mostrando que Lydia e os filhos não eram biologicamente compatíveis, houve um segundo problema: o testes positivaram quando feitos com o pai das crianças.
Na época, Lydia chegou a ser acusada de fraude e perdeu o benefício financeiro do governo. No entanto, após se deparar com um caso semelhante, Lygia conseguiu evidências para ganhar o caso. Passaram a suspeitar, então, de um fenômeno chamado de quimerismo tetragamético.

O quimerismo tetragamético é uma condição em que dois óvulos separados são fertilizados por dois espermatozoides diferentes. Depois disso, um dos embriões absorve o outro durante o início de desenvolvimento da gestação. Essa condição é considerada rara e só foi documentada em 100 casos.
Foi graças ao diagnóstico que Lydia foi capaz de lutar na justiça pelo direito ao benefício e de ter seus filhos reconhecidos como dela. Após fazer mais testes diferentes, foi comprovado que ela tinha dois conjuntos diferentes de DNA.










