Quando começamos a nos interessar de forma mais profunda nos temas relacionados ao Clima, Emergência Climática e sustentabilidade nossos filhos eram bem pequenos. Theo tinha 6 anos e a Nina ainda não havia completado 2. De forma orgânica e natural esse assunto foi entrando mais e mais nas conversas, na mesa do café da manhã, nas escolhas feitas no supermercado e até mesmo nos novos brinquedos escolhidos paras as crianças.

As idas ao shopping foram sendo reduzidas. Demos um passo para trás, de onde observamos de outro ângulo nosso estilo de vida tão consumista. Mudamos. Sim, as crianças automaticamente “sentiram” os efeitos dessa nova compreensão. Mesmo que nem tudo estivesse sendo dito, ou explicado com palavras. As práticas eram outras.
Hoje vejo como foi mais fácil incorporar novos hábitos dentro de uma casa com crianças menores. Os “vícios” delas eram quase que inexistentes, ao contrário dos nossos. Sem que percebêssemos elas já sabiam que “a mamãe não gosta de plástico”. A Segunda Sem Carne não era um peso, mas um dia que não comeríamos nenhum animal – então se conversava sobre o assunto.
Os brinquedos novos seriam bem-vindos em momentos especiais. E quando chegassem, precisaríamos doar um antigo para outra criança. Assim como as roupas, tanto as que vinham das primas, como as que colocávamos em sacolas para dar a um amigo. Tão natural. Tentávamos não ser radicais especialmente em encontros com outras pessoas. Um olhar de: “posso papai?” e quase sempre vinha um “sim filho, não estamos em casa. Aqui as coisas são diferentes e nós respeitamos as escolhas das pessoas”.

Hoje, com um pré-adolescente em casa, as decisões são muitas vezes compartilhadas. A responsabilidade tem um outro peso, uma vez que determinadas escolhas ele faz por ele mesmo. Na verdade, ele já sabe muito bem das consequências delas. Cremos que toda a semente plantada e bem regada um dia dará frutos. Eles sabem o caminho da vida integral, a direção do bem comum, o futuro que todos sonhamos. Quer ter filhos mais conscientes? Comece o quanto antes… Quanto mais cedo melhor. Sem esquecer o bom lema: “Antes feito que perfeito”!