Quem convive com crianças sabe: um minuto de silêncio pode significar uma tarde inteira de bagunça. Uma pesquisa realizada com mil pais, encomendada pela Petits Filous e em parceria com Adam Thomas, pai de três filhos, revelou que, entre os 3 e 11 anos, as travessuras dos filhos atingem seu auge aos 4 anos. Isso mesmo, é nessa idade que a criatividade e a energia parecem se unir em uma missão secreta: deixar os adultos sem palavras (ou no mínimo com a cara vermelha de vergonha).
Segundo o portal The Mirror, o levantamento apontou que 59% dos pais disseram que seus filhos vivem aprontando. Mas, longe de ser um problema, boa parte deles acredita que essa fase cheia de traquinagens pode ser algo positivo. Para 55%, um pouco de bagunça ajuda a alimentar a curiosidade e o espírito aventureiro. E quase metade dos entrevistados concorda que essas atitudes também estimulam a criatividade e até o raciocínio lógico.
Histórias reais que dariam um roteiro de comédia
Quando os pais foram convidados a contar suas histórias mais embaraçosas, surgiram relatos dignos de cinema. Teve criança indo para a escola com a cueca da mãe por cima da calça — com orgulho e estilo, claro. Outra decidiu que seria uma ótima ideia fazer a barba… do gato da família, usando espuma de barbear e muita imaginação. Felizmente, a intervenção foi rápida e o felino saiu ileso, só com a dignidade um pouco arranhada.
E que tal acordar de uma soneca no sofá com um novo visual? Um dos pais contou que, depois de um cochilo, foi surpreendido pelo espelho (e pelo entregador na porta): o rosto estava todo maquiado com batom e rímel. Sem saber, virou modelo de uma sessão de beleza improvisada.
Outra pegadinha clássica veio direto da cozinha: trocar o sal pelo açúcar. O resultado? Café da manhã com gosto de mar.
Travessuras em público: constrangimento ou motivo de riso?
A pesquisa mostrou que 55% dos pais já passaram por alguma situação constrangedora em público por causa do comportamento arteiro dos filhos. E, embora 25% admitam sentir certa frustração nesses momentos, o riso costuma ser a reação mais comum. Afinal, quem nunca precisou segurar o riso diante de uma pergunta “inocente” ou uma birra em plena fila do supermercado?
Outra curiosidade revelada pelo estudo é que, nas famílias com mais de um filho, o mais novo é frequentemente apontado como o mais travesso. Cerca de 19% acham que o do meio é o mais levado, e 11% colocam a culpa no primogênito. Já 14% afirmam que todos os filhos são igualmente arteiros — o verdadeiro empate técnico da bagunça.

É bagunça, mas também é desenvolvimento
Por mais que essas situações testem a paciência, muitos pais reconhecem que essas atitudes fazem parte do processo de crescimento. É nessa fase que as crianças começam a entender que os pensamentos delas são diferentes dos dos outros — um marco importante no desenvolvimento emocional.
Muitos especialistas defendem que essa fase cheia de peraltices é sinal de inteligência e curiosidade. Desde que com limites, claro. Saber até onde se pode ir, entender as consequências dos próprios atos e testar hipóteses (mesmo que envolvam espuma de barbear no gato) são formas de aprendizado.
Além disso, a pesquisa revelou que três em cada dez pais acreditam que seus filhos são mais travessos do que os das outras famílias. E 11% acham que bastam cinco minutinhos sozinhos para que o caos se instale.
Rir para não chorar (ou chorar de rir)
Apesar dos desafios, é importante lembrar que essas histórias serão, no futuro, motivo de boas risadas em reuniões de família. A fase das grandes travessuras é também a fase das grandes descobertas, tanto para os filhos quanto para os pais. E se no meio do caminho rolar um café salgado ou uma maquiagem surpresa, tudo bem. Faz parte da jornada de quem está criando seres humanos curiosos, criativos e, sem dúvida, muito engraçados.