Taylor McGowan, de 18 meses, tem uma rara condição chamada de síndrome do cabelo impenteável. Segundo a mãe americana Cara McGowan, em entrevista ao Buzzfeed News, as pessoas costumam chamar a criança de mini Albert Einstein.
Esse tipo de síndrome foi diagnosticado em cerca de 100 pessoas em todo o mundo. A condição é o resultado de uma mutação genética que altera a formação do fios capilares. Os cabelos são mais finos e crescem em diferentes direções. A mãe disse ao Buzzfeed que não entendeu o que acontecia com o cabelo da filha. “Esperávamos que acabasse caindo, nunca tínhamos visto isso antes”.
O que aconteceu foi que um membro da família de Cara viu fotos de crianças com essa síndrome e pensou que talvez a Taylor também tivesse. “Nós rimos. Pensamos que não tinha como nossa filha ter essa condição ultra-rara que afeta apenas 100 pessoas no mundo inteiro”, disse a mãe. “E nós estávamos completamente errados.”
A condição também é chamada de síndrome do cabelo de vidro. Os genes associados à alteração genética controlam a formação de proteínas do cabelo. A família McGowans, que vivem fora de Chicago, procuraram pesquisadores da síndrome e conversaram com Regina Betz, professora de dermatogenética na Universidade de Bonn, na Alemanha, para ver se o que Taylor tinha era realmente a síndrome.
Taylor, de fato, tem a mutação do gene PADI3, e tanto Cara quanto seu marido Tom são portadores de uma cópia dela. É um gene recessivo, então se você herdar apenas uma cópia de um dos pais – como Cara e Tom – você não desenvolverá a síndrome.
As pessoas com essa condição tendem a ter cabelos prateados, loiros ou cor de palha que podem ser secos e crespos e às vezes crescem mais lentamente do que o normal. Embora a condição não se altere, às vezes as pessoas superam os sintomas à medida que envelhecem e a qualidade do cabelo melhora com o tempo. A mãe de Taylor mostra toda a rotina da filha e às vezes até esclarece dúvidas sobre o assunto na página do Facebook Baby Einstein 2.0.
Nosso pediatra
Fomos checar com o Dr. Claudio Len, pediatra do Hospital Albert Einstein e pai de Beatriz, Silvia e Fernando, o que seria essa síndrome. “Embora muito rara, a alteração genética é verdadeira e pode acontecer em qualquer momento da vida. Quando a criança nasce ou já na vida adulta”. Doutor Claudio também explicou para a gente que do mesmo jeito que ela aparece também pode ir embora sem nenhuma explicação científica e não há tratamento.
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