Brincar não é só coisa de criança — é um verdadeiro respiro em meio à correria do dia a dia. Um estudo feito pela Mattel, uma das maiores empresas de brinquedos e entretenimento familiar do mundo, The Shape of Play, com mais de 33 mil pessoas ao redor do mundo reforça aquilo que, no fundo, todo mundo já sabe: momentos de brincadeira fazem bem para a saúde, para as relações e até para a criatividade.
Com participantes de sete países, incluindo o Brasil, a pesquisa revela um dado que chama atenção: 87% das pessoas acreditam que brincar ajuda a combater a solidão. Além disso, 85% enxergam a brincadeira como uma parte essencial da vida, não importa a idade.
Em tempos de excesso de trabalho, muitas telas e pouco tempo livre, o brincar aparece como uma forma poderosa de se reconectar com o que importa. Seja por meio de jogos, atividades manuais, interações com os filhos ou até momentos leves entre amigos, essas pausas lúdicas trazem leveza, fortalecem laços e ajudam a gente a respirar com mais calma.
O estudo identificou quatro grandes motivos que fazem as pessoas brincarem: se expressar e experimentar, relaxar e fugir do estresse, se conectar com os outros e aprender coisas novas. Ou seja, brincar é uma forma de se conhecer melhor, aliviar tensões, criar vínculos e crescer — tudo isso de um jeito divertido e natural.

E tem mais: 94% dos entrevistados afirmaram que brincar é importante em todas as fases da vida. Do faz de conta na infância às pequenas alegrias do dia a dia na vida adulta, a brincadeira continua presente. Ela ajuda a manter a mente ativa, a criatividade pulsando e o coração mais leve.
Mas, apesar de todos esses benefícios, a brincadeira tem perdido espaço. Muitas crianças dizem que se sentem “meio adultas” antes da hora. E, por outro lado, muitos adultos ainda carregam aquele desejo de voltar a ser criança. Mesmo assim, um em cada três adultos afirma que não brinca tanto quanto gostaria — seja por falta de tempo, solidão, medo ou pelo peso das responsabilidades.
Outro dado interessante do levantamento mostra que quase 70% das pessoas têm suas ideias mais criativas enquanto estão brincando. E não é por acaso: o brincar libera a mente, estimula a imaginação e abre espaço para soluções fora da caixinha. É como se a diversão fosse o combustível da inovação, tanto em casa quanto no trabalho.
E os tipos de brincadeira variam bastante de acordo com cada cultura. No Brasil, ela é vista como uma forma de se conectar. Na Finlândia, está relacionada à superação. Já na África do Sul, brincar é um jeito de explorar o mundo. Apesar das diferenças, o impacto é o mesmo: mais alegria, mais presença e mais humanidade.
A pesquisa também identificou seis perfis diferentes de quem brinca. Tem aqueles que gostam de criar, os que aprendem enquanto se divertem, os que brincam para se conectar com os outros e até os que transformam a curiosidade em brincadeira. O mais legal é perceber que não existe um jeito certo de brincar — o importante é encontrar aquilo que faz sentido para você.
Mesmo com o avanço da tecnologia e as mudanças no estilo de vida, os brinquedos físicos continuam sendo valorizados. Para 81% das pessoas, eles tornam o brincar mais rico. E não são só as crianças que aproveitam: muitos adultos redescobrem a brincadeira como um caminho para se expressar e relaxar.
Incluir momentos de diversão na rotina pode parecer simples, mas faz toda a diferença. E isso vale tanto para as crianças quanto para os adultos. Quando a gente brinca, se conecta com o presente, com quem está ao lado e com aquilo que nos faz bem. “O acompanhamento certo, feito no tempo certo, pode evitar o agravamento desses sintomas e dar à mulher mais segurança emocional para viver a gestação com saúde”, afirma Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal. A fala dela reforça o quanto o cuidado emocional, assim como o brincar, precisa ser levado a sério.
No fim das contas, brincar é muito mais do que entreter. É cuidar da saúde mental, prevenir o estresse e criar memórias que duram para sempre. Não precisa de muito — um tempinho livre, um pouco de imaginação e a vontade de se permitir. Porque, no fundo, brincar é um convite à leveza. E todo mundo merece um pouco disso todos os dias.