
Os irmãos Mehmet, de 11 anos, e Kerem Selman, de quatro, da Turquia, nasceram com a cor dos dois olhos completamente diferentes, devido uma condição genética rara. Os dois possuem o olho direito azul e o esquerdo castanho, tendo o nome de heterocromia completa.
A heterocromia central ou parcial é a condição que as duas cores estão juntas em uma íris, já a completa, traz nos dois olhos cores completamente diferentes. Suat Selman, pai das crianças, disse ao veículo Daily Mail, que levou os dois filhos ao médico quando percebeu a diferença. Ele foi informado pelo hospital que Mehmet poderia ter problemas de visão “nos olhos azuis” no futuro.

A condição genética é mais comum em animais, e é resultado de uma anormalidade da cor herdada dos pais. Se o fator for desenvolvido ou longo da vida, é importante levar a criança ao médico, pois pode ser resultado de traumas oculares, glaucoma ou até mesmo câncer, que inclui melanoma ou neuroblastoma.
Teste do olhinho

Logo quando nasce, apesar de já conseguir abrir os olhos, o bebê ainda não sabe usar sua visão. Da mesma forma que ele aprende a falar e andar, é só depois de um tempo que um recém-nascido desenvolve o sistema visual e passa a enxergar. Para garantir que os olhos do bebê estejam normais, é feito o primeiro exame de vista, conhecido como Teste do Olhinho.
Ele deve ser realizado ainda na maternidade, por um pediatra treinado para identificar possíveis problemas de visão logo de cara. “O teste permite a identificação de uma série de distúrbios nos olhos, como catarata, glaucoma congênito, inflamações e tumores intra-oculares e até mesmo o retinoblastoma, um tipo de câncer raro que afeta o olho por dentro e pode ser fatal”, conta o oftalmologista Rubens Belfort Neto, da clínica Belfort.

O Teste do Olhinho leva mais ou menos 5 minutos e deve ser feito numa sala escura, com um auxiliar segurando o bebê, para garantir que o examinador tenha fácil acesso aos olhos do paciente. Se for detectado o reflexo vermelho em ambos os olhos, o resultado do exame é considerado normal. Caso apareça dificuldade em detectar o reflexo vermelho, a criança deve ser examinada pelo oftalmologista com exames mais específicos para verificar eventuais doenças oculares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, desde junho de 2010, os planos de saúde precisam pagar pelo Teste do Olhinho e, antes disso, o exame já era obrigatório em maternidades públicas e privadas. Então, não há desculpas para deixar de realizar o teste nos bebês. “O exame é rápido, indolor e avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê, permitindo identificar partes como cristalino, vítreo e retina, além da comparação entre os olhos. Se for apontada alguma alteração, o recém-nascido é encaminhado para exame oftalmológico especializado e podemos tratar no tempo certo, para que a visão se desenvolva normalmente”, explica o especialista.
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