A pediatra Wendy L. Hunter, diz que é mais fácil as crianças cooperarem se elas não se forem apressadas para cumprir a tarefa. As pesquisas mostram que os pais nunca dão tempo suficiente para as crianças responderem aos pedidos. “Se você está cansada de ficar repetindo a mesma coisa, talvez só precise dar um tempo para o seu filho responder. Você ficará surpresa ao perceber que a maioria das crianças fará como você pediu.”
A enfermeira pediátrica Kristina Roberts E.R do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, acredita que o segredo é ir devagar, ter paciência, pois assim ela consegue que as crianças tomem até os remédios mais ruins. “Se uma criança resiste, eu vou administrar o remédio uma gota de cada vez, pois ela não pode cuspir apenas uma gota”.
É mais eficiente ser devagar e ter sucesso do que começar tudo de novo depois que o paciente rejeitou a dose. “Eu nunca vou direto escutar o batimento cardíaco de uma criança ou ver seu machucado no joelho se ela estiver assustada. Começo com meu estetoscópio no pé dela, subindo até chegar no peito ou eu checo primeiro seu joelho. Assim como nós, as crianças querem saber o que as espera, então se sua filha estiver fugindo da escova de cabelo, começa penteando tranquilamente o braço dela”, aconselha Wendy.
E nunca esqueça de elogiar qualquer conquista do seu filho. “Mesmo que uma criança morda o abaixador de língua enquanto eu examino sua garganta, vou acabar a consulta dizendo que ela fez um ótimo trabalho em outro procedimento, como a checagem de ouvido”, comentou Wendy. Elogiar os bons trabalhos das crianças gera confiança e orgulho. “Quando seu filho se sente bem sobre algo que fizeram, elas vão querer fazer mais disso.”
A chave é escolher uma tarefa específica para celebrar. Depois do jantar, você pode dizer “Eu vi que você colocou seu prato na pia logo depois de ter acabado de comer. Estou orgulhosa porque você ajudou sem eu pedir” ao invés de “Você é um ótimo ajudante! ” Não há dúvida de que as crianças gostam de atingir as expectativas dos pais. Nunca vou esquecer do sorriso banguela que meu filho deu depois de guardar seus bonecos sem eu pedir. Ele estava muito orgulhoso – mesmo que só tivesse colocado tudo debaixo da cama”, lembrou Wendy.
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