Me mata escrever esta matéria, sabendo quantos casais desejam tão profundamente ser pais, quem sofre de dor intensamente, pagam caro para fazer a Fertilização In Vitro (incluindo amigos meus próximos). Eles sentem como se tivessem ganhado um super prêmio quando finalmente podem segurar seus filhos nos braços depois de alguns anos lutando por isso. E, final feliz! Isso faz com que todos os problemas físicos, emocionais e financeiros valham a pena, certo? Minha resposta deveria ser “sim”.
Mas, lendo um novo estudo publicado pelo jornal Fertility and Sterility, senti-me profundamente assustada e triste.
Pesquisadores publicaram 25 estudos feitos em 12 países desenvolvidos, incluindo Estados Unidos, Dinamarca, França e Israel, entre 1990 e 2000. Nestas pesquisas descobriram que os bebês nascidos pelos tratamentos de fertilidade têm 33% mais chances de desenvolver câncer infantil, 65% de desenvolver leucemia e 88% mais chances de desenvolver câncer cerebral e no sistema nervoso.
De acordo com um artigo no tablóide Daily Mail, os pesquisadores disseram que “as mudanças poderiam ser desencadeadas por aspectos de tratamento de fertilidade, tais como a exposição a hormônios, preparação de sêmen, embriões de congelamento, as condições de crescimento de embriões ou de atraso durante a inseminação. Mas eles não podiam descartar a possibilidade de que o aumento do risco foi o resultado de infertilidade dos pais, e não o tratamento”.
De qualquer maneira, isso pode causar um grande dilema nos casais que precisam do tratamento para ter filhos: continuar a tentar uma fertilização in vitro mesmo depois de esses novos estudos apontarem que as crianças poderão desenvolver mais facilmente um câncer?
Ou será que eles desistem de toda a esperança de gerar uma criança, e escolhem outras saídas? Será que um filho biológico ainda não é possível, será que adotamos? E é egoísta ainda pensar na fertilização in vitro, mesmo sabendo sobre os riscos de câncer envolvidos para seus futuros filhos? Você está colocando as suas necessidades antes das deles? Há tantas perguntas…