Hoje, dia 6 de outubro, o Brasil se junta pela primeira vez a outros 64 países no Dia Mundial da Paralisia Cerebral. Essa campanha, que se iniciou na Austrália, foi criada por pessoas com essa condição, suas famílias, e por organizações que oferecem suporte em todo o mundo. No Brasil, o movimento é coordenado pela ONG Nossa Casa, a primeira plataforma nacional destinada a traduzir o conhecimento científico sobre a Paralisia Cerebral e o AVC Infantil.
De acordo com Marina Junqueira Airoldi, fisioterapeuta e presidente da ONG Nossa Casa e mãe de Nicoli, Luiza e Leonardo, o objetivo é gerar inclusão na sociedade, o que é complicado quando não há informação. “O mais desafiador para essas crianças e suas famílias, talvez, seja o desconhecimento e a falta de informação que, em muitos casos, cria e alimenta mitos e preconceitos, levando à exclusão quando muitos poderiam estar vivendo uma vida completamente diferente – de integração e contribuição para a sociedade”, explica.
O Dia Mundial da Paralisia Cerebral existe exatamente para isso. São famílias, pessoas com Paralisia Cerebral (PC), organizações e ativistas, que se unem para que todas as pessoas com PC tenham as oportunidades que merecem, o apoio da comunidade e os mesmos direitos de todo cidadão.
O que é paralisia cerebral?
É uma condição para toda a vida e que pode ou não estar associada a outras condições, como déficit visual, de aprendizado, de comportamento, entre outras. Divide-se em cinco níveis diferentes, de acordo com a função motora, podendo interferir a capacidade da criança correr, andar e pular e até se estender a limitações maiores, em que o auxílio é necessário para praticamente todas as atividades da rotina.
Segundo Marina, a paralisia cerebral é a deficiência física mais comum na infância e, também, uma das menos compreendidas. “Hoje, existem mais de 17 milhões de pessoas no mundo com essa condição e aproximadamente 350 milhões de familiares, amigos e apoiadores que estão envolvidos em seu apoio e suporte. Mesmo assim, em muitos casos, as pessoas com paralisia cerebral parecem invisíveis: elas estão fora do alcance da visão da maioria do público em geral, fora de suas preocupações e, por isso, sem opções”, conta.
Mas a boa notícia é que, mesmo assim, existem muitas histórias de sucesso. São várias as organizações pelo mundo – no Brasil, a Nossa Casa – que estão realmente fazendo a diferença em suas comunidades e que querem utilizar o dia 6 de Outubro para compartilhar suas experiências, destacar suas necessidades e encorajar o público em geral a enxergar a paralisia cerebral com outros olhos e incentivar novas atitudes.
Saiba mais sobre a ONG Nossa Casa em www.nossacasa.org.br
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