A escola Yeshiva Ketana, localizada em Nova York, nos Estados Unidos, propôs aos pais uma segunda versão do boletim de crianças que não foram tão bem nas notas. O objetivo? Manter a confiança dos alunos durante o aprendizado.
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O aviso vem em uma carta junto com o boletim oficial. O comunicado explica que o documento serve para que os pais saibam como os filhos estão indo e que a escola se coloca à disposição para tirar dúvidas e ajudar no que for preciso. Também diz que é uma ótima oportunidade para festejar os pontos em que os filhos são fortes, encorajar os seus esforços e melhorar o que não anda bem.
No entanto, no último parágrafo, a escola faz uma proposta inusitada:
“Já que nossa meta é dividir informações precisas com os pais, e não desencorajar ou magoar o aluno, é necessário ter discrição antes de mostrar esse documento para seu filho. Certamente, boletins não devem ser vistos pelos estudantes sem a permissão dos pais. Se depois de ver esse boletim em particular você desejar que a escola desenvolva uma segunda versão com notas maiores para mostrar ao seu filho, por favor entre em contato”.
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Segundo a psicopedagoga e psicóloga clínica e escolar Deborah Garcia, essa é uma tentativa de “maquiar” a realidade e isso não é bom, porque evitar que as crianças passem por frustrações podem deixá-las mimadas e gerar adolescentes despreparados para entrar no mercado de trabalho. “As frustrações são parte do desenvolvimento do ser humano”, disse.
Ela acrescentou que a sociedade tem uma preocupação em não frustrar, mas é preciso rever valores e fazer alunos encararem o que fizeram. “Se ele não estudou e tirou uma nota baixa, tem que assumir”, afirmou Deborah.
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