Elana Koenig, é moradora de Nova York, e tinha apenas sete anos quando foi diagnosticada com Sarcoma de Ewing, um tipo de câncer raro, que atinge principalmente os ossos e acomete mais crianças, adolescentese jovens adultos do sexo masculino. Sua origem não é conhecida, por isso, não há fatores de risco e prevenção, e suas formas de tratamento ainda estão sendo estudadas.
A primeira criança que Elana ajudou foi uma amiga do acampamento que era ridicularizada por causa do cabelo que perdeu (Foto: Reprodução/ Instagram)
Após passar por 15 cirurgias e nove rodadas de quimioterapia durante um ano e meio, a jovem venceu a doença e decidiu que iria ajudar outras crianças que estavam passando por situações parecidas com a dela. Assim, ela fundou a Koenig Childhood Cancer Foundation, ONG que leva seu próprio nome.
Segundo entrevistas de Elana ao jornal Kidspot, a luta contra o seu câncer começou em 2016, quando ela começou a sentir uma intensa dor na parte inferior do quadril que a incomodava tanto que ela chegava a mancar por sua casa. Quando seus pais perceberam o que estava acontecendo, eles a levaram para o médico imediatamente e depois de muita pesquisa, Elana foi diagnosticada com Sarcoma de Ewing.
Elana já salvou a vida de centenas de crianças e também ajudou a vida de seus familiares (Foto: Reprodução/ Instagram)
Em uma entrevista à People, a mãe da jovem, Rena, disse: “Achei que a doença era uma sentença de morte”. Mas não foi o que aconteceu. A adolescente foi curada e, no meio desse processo, encontrou um novo propósito para tudo o que viveu. “O câncer é uma coisa horrível de se passar quando criança. Eu sei como é afundar em um buraco fundo e escuro de agulhas, remédios e cirurgias”, refletiu a adolescente.
Então, ao perceber que outras crianças estavam passando pelo mesmo que ela tinha vivido, Elana decidiu fundar a ‘Koenig Childhood Cancer Foundation’, uma instituição dedicada a arrecadar fundos para ajudar outros pacientes com câncer a obterem o apoio que precisam.
Ela afirma que o câncer é uma coisa horrível de se passar quando criança, por isso apoia o maior números de crianças que consegue (Foto: Reprodução/ Instagram)
A jornada de Elana com a ONG começou com a adolescente levantando $ 5.000 aproximadamente R$ 23 mil na cotação atual para ajudar uma amiga a comprar uma touca de laser, item usado para recuperar o cabelo depois de perdê-lo com a quimioterapia. “Quando as famíliasvêm até nós, escolhemos pelo menos um problema e o resolvemos, para que os pais possam se concentrar apenas no filho”, explicou Rena. Foi o caso, por exemplo, de quando a ONG pagou a hipoteca de uma casa para os pais de uma criança, por vários meses, enquanto ela lutava contra o câncer.
Entre tantas histórias envolvendo a ONG, o caso de Mark, de dois anos chamou atenção de Elana e marcou pra sempre sua vida. Em março de 2022, um pai da Ucrânia, procurou pela jovem nas redes sociais, pois seu filho estava lutando contra um tumor cerebral agressivo e precisava de ajuda. Demytro, pai de Mark contou que a cirurgia para remover o tumor de sete centímetros estava programada para acontecer no dia 25 de fevereiro de 2022, mas no dia anterior, as tropas russas invadiram Kiev, a capital ucraniana, local onde Mark iria ser operado.
A fundação já arrecadou quase US$ 1,5 milhão e ajudou centenas de crianças e suas famílias com assistência financeira, assistência médica e apoio emocional (Foto: Reprodução/ Instagram)
A família precisou fugir para Uzhhorod, cidade ucraniana, e onde Mark foi operado. Os médicos removeram o tumor, mas não puderam continuar o tratamento. Em uma entrevista à People, Demytro refletiu sobre o momento que viveram: “Estar no porão de um prédio, que está sendo bombardeado, é extremamente estressante e assustador, principalmente ao tentar cuidar de Mark. Não sabíamos o que fazer, para onde ir e como ajudar nosso filho no tratamento, já que todos os hospitais ucranianos estavam fechados”.
Adolescente que venceu o câncer salva menino de 3 anos lutando contra a doença (Foto: Reprodução/ Instagram)
Foi, então, que Demytro entrou em contato com Elana. Assim que elas leram a mensagem dele, elas decidiram que iriam ajudá-lo. “Na hora que recebemos a mensagem, nós pensamos: ‘Não vamos ficar para trás, não vamos recuar, vamos lutar por eles’”, lembra Rena. A ONG ajudou a família de Demytro a fugir da Ucrânia e a ter acesso ao tratamento no New York City Memorial Hospital, onde Elana travou sua batalha contra o câncer há seis anos. “Hoje, estamos felizes em dizer que Mark está livre do câncer há mais de um ano! Ele é um menino feliz. Somos gratos por cada momento que Mark está conosco”, contou o pai.