A prematuridade continua sendo uma das maiores preocupações da saúde materna e neonatal em todo o mundo. Todos os anos, milhões de mulheres e recém-nascidos enfrentam riscos durante a gestação e o parto, e entre as causas mais frequentes estão os partos prematuros, que podem ocorrer por diversos fatores, como infecções, alterações uterinas, hipertensão, diabetes gestacional, entre outros. Felizmente, a medicina tem avançado e, no Brasil, já estão disponíveis soluções inovadoras que ajudam a identificar os riscos precocemente, permitindo um acompanhamento mais eficaz e a realização de intervenções necessárias para a segurança da mãe e do bebê.
Uma dessas soluções são os testes rápidos de prematuridade, que têm se mostrado fundamentais para prevenir complicações graves e garantir que as gestantes recebam o cuidado adequado. Esses exames são capazes de detectar, em poucos minutos, a probabilidade de um parto prematuro ou de uma ruptura da bolsa amniótica, ajudando a evitar internações desnecessárias ou, ao contrário, a antecipar o tratamento quando necessário.
Como funcionam os testes rápidos de prematuridade?
Os testes rápidos como o PartoSure e o AmniSure são essenciais para identificar riscos relacionados ao parto prematuro e à ruptura da bolsa amniótica. Ambos funcionam detectando a presença de proteínas específicas do líquido amniótico fora da cavidade uterina. Para realizar o teste, coleta-se uma secreção vaginal por meio de um swab, entre a 20ª e a 37ª semana de gestação, e em aproximadamente 15 minutos, o exame revela o risco de parto prematuro ou a ruptura da bolsa.
Esses testes têm um alto valor preditivo positivo, o que significa que os resultados positivos geralmente indicam com precisão que a gestante pode entrar em trabalho de parto prematuro dentro de um período de 7 a 14 dias, ou que houve ruptura da bolsa. Quando o risco é identificado de forma precoce, é possível tomar medidas preventivas que podem evitar complicações graves e reduzir a necessidade de internações prolongadas.
A importância da detecção precoce na gestação
A detecção precoce de sinais de parto prematuro é importante para minimizar os riscos para a saúde da mãe e do bebê. De acordo com Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, os testes rápidos desempenham um papel importante no acompanhamento da gestação. “Esses exames oferecem uma maneira eficiente e não invasiva de identificar o risco de prematuridade. Com um diagnóstico rápido, a equipe médica pode adotar as medidas adequadas para reduzir as chances de complicações durante o parto”, afirma.
Além de serem rápidos e precisos, os testes ajudam a equipe médica a orientar a gestante sobre ajustes necessários em sua rotina, como mudanças na alimentação, repouso e outras precauções importantes. A realização de exames de rotina, como ultrassonografias e cardiotocografias fetais, são fundamentais para avaliar o bem-estar do bebê, mas os testes rápidos são um complemento valioso para detectar o risco de prematuridade com maior agilidade.

Fatores que aumentam o risco de parto prematuro
O parto prematuro pode ocorrer em qualquer gestante, mesmo em mulheres saudáveis, mas certos fatores aumentam o risco. Infecções maternas, hipertensão, diabetes gestacional e histórico de partos prematuros são apenas alguns dos fatores que exigem atenção redobrada. Mulheres com condições pré-existentes, como doenças cardíacas ou renais, também precisam de acompanhamento constante. Além disso, a idade materna avançada e o uso de substâncias como álcool e drogas também são fatores de risco para o parto prematuro.
É importante que as gestantes realizem avaliações regulares para monitorar qualquer possível complicação. O uso de tecnologias avançadas, como os testes rápidos de prematuridade, é uma maneira eficaz de identificar riscos em fases iniciais, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas a tempo. “O acompanhamento constante é essencial para mulheres que apresentam fatores de risco. Os testes rápidos são uma ferramenta complementar importante para garantir um diagnóstico mais preciso e tomar as medidas adequadas com antecedência”, explica Oliveira.
Consequências da prematuridade para a saúde do bebê e da mãe
A prematuridade pode ter consequências graves para a saúde do bebê, com riscos aumentados de complicações no nascimento, como problemas respiratórios, cardíacos e neurológicos. Além disso, esses bebês muitas vezes precisam de cuidados especializados em unidades de terapia neonatal (UTI), o que pode prolongar sua recuperação e aumentar o risco de sequelas a longo prazo.
Para a mãe, a prematuridade também pode acarretar complicações durante o parto e no pós-parto, exigindo monitoramento intenso para evitar infecções ou outros problemas relacionados à gestação. As gestantes que enfrentam partos prematuros frequentemente necessitam de cuidados médicos contínuos, o que reforça a importância de um acompanhamento eficaz durante toda a gestação.
Benefícios dos testes rápidos para a saúde materna e neonatal
A implementação de testes rápidos de prematuridade oferece uma série de benefícios tanto para a gestante quanto para o bebê. Esses exames não apenas identificam o risco de parto prematuro de forma ágil e precisa, mas também ajudam a otimizar o tempo de internação, evitando hospitalizações desnecessárias. Quando a condição da gestante é identificada precocemente, as intervenções podem ser realizadas de maneira mais eficiente, minimizando riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Além disso, a detecção precoce também contribui para a redução dos custos com tratamentos prolongados e complicações associadas à prematuridade, proporcionando um ambiente mais seguro para o nascimento. A utilização desses testes é uma etapa importante no avanço das práticas de saúde materna e neonatal, oferecendo uma oportunidade de melhoria nos cuidados e resultados durante o parto.