É fato: ter filhos muda o relacionamento. Embora as modificações variem conforme o casal, cuidar do recém-nascido traz uma sobrecarga que não havia antes e as pessoas lidam com ela de forma diferente. Isso, é claro, afeta diretamente na dinâmica entre os parceiros.
Leia também
Vídeo: Você sabe o que é conexão emocional no relacionamento?
5 sinais de que você se casou com seu melhor amigo
Existe noite romântica depois da gravidez sim! Saiba como planejar
“Em geral são as mulheres que estão mais solicitadas e precisam estar mais disponíveis para a criança, daí tendem a ficar mais vulneráveis. Dificilmente, uma mãe sobrecarregada e amamentando consegue se manter com a libido elevada”, conta o psicólogo, psicanalista e pesquisador Luiz Hanns.
“O homem exigir dela muita atenção, leveza, diversão, sexo e disponibilidade é inadequado”, argumenta. Mas calma, tudo pode ser conversado. Se o casal for capaz de dialogar e tiver conexão emocional, encarar essa transformação fica mais fácil. No entanto, de acordo com o especialista, se os dois não estiverem conseguindo, o ideal é procurar algum tipo de ajuda profissional, como a terapia de casal.
“Problemas tratados no início podem ser melhor superados e causam menos cicatrizes. Em média, os casais só buscam ajuda seis anos após o problemas terem começado e chegam à terapia já muito desgastados”, afirma Luiz Hanns. Começar a conversar sobre isso antes e durante a gravidez é uma alternativa ainda melhor, já que é mais difícil discutir quando os ânimos estão à flor da pele.

Para o psicólogo, muitos homens ainda têm dificuldade de assimilar os novos papéis com a chegada do bebê: “É uma questão cultural. Em sociedades mais machistas, como em muitas regiões do Brasil, isto é mais difícil”. Quando homens e mulheres partilham as tarefas familiares e domésticas, naturalmente tende a haver mais compreensão sobre as limitações que os novos papeis impõem à vida de casal, que, ao menos por um tempo, será tomada por tarefas e cuidados parentais.
Lembre-se: dialogar é ouvir respeitosamente as necessidades do parceiro, depois mencionar as suas e convidá-lo a ponderar os prós e contras de cada alternativa.
O tema “Para ser mãe você não precisa deixar de ser mulher” será abordado pelo Luiz Hanns no nosso Seminário Internacional “Mãe também é gente”, que ocorrerá dia 15 de maio no WTC (World Trade Center São Paulo), na zona sul de São Paulo. Inscreva-se aqui.