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Tratamento do autismo infantil com cannabis: mitos, verdades e desafios

Por Beatriz Possebon
21/06/2025
Em Saúde
(Foto: Freepik)

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O uso da cannabis medicinal no tratamento do autismo infantil ainda gera muitas dúvidas, preconceitos e, claro, muita pesquisa por parte das famílias que buscam qualidade de vida para seus filhos. Mesmo com tantas informações circulando, ainda é comum ouvir opiniões desconectadas da ciência e que reforçam estigmas. Por isso, trazer luz ao assunto é fundamental, e essa conversa precisa ser feita com quem realmente entende do assunto.

Segundo a neuropediatra Fernanda Moro, especialista em cannabis medicinal, o tratamento é uma estratégia terapêutica importante e baseada em ciência, e não um “remédio mágico” ou uma escolha feita por impulso.

Como funciona a cannabis medicinal no autismo

Para começar a conversa, é importante entender o papel do SEC (Sistema Endocanabinoide), um sistema biológico presente em todos nós e responsável por regular funções como sono, apetite, dor, humor e até a resposta imunológica. Para Fernanda, esse é o ponto-chave na relação entre autismo e cannabis. “Tratar o SEC é tratar o autismo, e não os sintomas do autismo. Podemos saber se o tratamento está funcionando a partir da redução da escala de gravidade e relatos dos envolvidos com a vida dos pacientes”, explica.

Ou seja: não se trata de esconder ou mascarar os sinais do autismo, mas sim de trabalhar na raiz do problema, ajudando o corpo a funcionar melhor e, com isso, melhorar a qualidade de vida da criança.

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Se a ideia de iniciar um tratamento com cannabis medicinal surgiu na sua família, o primeiro passo é simples: procurar profissionais capacitados e que prescrevam o tratamento de forma consciente. Nada de perder tempo com médicos desatualizados. “Facilita entrar em contato com alguém por indicação, ou até perguntar ali mesmo, na hora do agendamento, se o médico prescreve cannabis”, orienta Fernanda. Além disso, associações de médicos prescritores costumam ser um caminho certeiro para encontrar especialistas na área.

Professores, terapeutas e outros familiares também podem ajudar no acompanhamento do tratamento (Foto: Shutterstock)

Quando o tratamento costuma ser indicado?

Segundo a especialista, geralmente as famílias chegam ao tratamento à base de cannabis depois de passarem por várias tentativas frustradas com outros medicamentos. “Na maioria das vezes são famílias muito bem informadas, que pesquisaram e viram que é algo passível de ganho, de melhora”, conta Fernanda. Em casos mais graves — como epilepsia, transtornos de sono ou atrasos globais do desenvolvimento — o tratamento com cannabis aparece como uma possibilidade real de mudança de prognóstico.

Inclusive, muitos médicos acabam conhecendo mais sobre o tratamento a partir da demanda das próprias famílias. “Chegou a mim uma demanda e fui estudar, pesquisar, para fazer o melhor para o paciente”, revela a neuropediatra.

Como saber se o tratamento está funcionando?

Existem métodos científicos para acompanhar os avanços do tratamento, como a redução da escala de gravidade. Mas, além disso, há um recurso poderoso: o olhar atento das pessoas que convivem com a criança. “Você ouve o relato da mãe, se a criança tem melhora funcional, se está mais calma, concentrada, se está dormindo melhor, se comunicando melhor, se está socializando”, destaca Fernanda. Professores, terapeutas e outros familiares também podem ajudar nesse acompanhamento.

A sobrecarga da família, especialmente da mãe, é uma preocupação constante no processo. Para Fernanda, o segredo é envolver todos os que participam da rotina da criança. “Convidando outros membros da família a participarem do processo, bem como os cuidadores principais, o terapeuta, ou seja, compartilhando a responsabilidade”, recomenda a médica. O objetivo é criar uma rede de apoio, permitindo que as decisões sejam tomadas de maneira consciente e conjunta.

Pesquisas reforçam o potencial da cannabis medicinal

Entre os estudos mais recentes que chamaram a atenção da especialista, está uma pesquisa que mediu a quantidade de anandamida, uma substância produzida naturalmente pelo nosso corpo, no cordão umbilical. A descoberta mostrou que recém-nascidos que futuramente receberiam diagnóstico de autismo já apresentavam baixos níveis dessa substância desde o útero. “O TEA não é uma questão só comportamental, nunca vai ser. Trata-se de um problema global das conexões cerebrais”, afirma Fernanda.

Com base nesses estudos, o uso de canabidiol ganha cada vez mais força como um recurso terapêutico seguro e eficaz. Atualmente, pode ser utilizado em crianças a partir dos dois anos, e novas pesquisas podem ampliar ainda mais essa aplicação no futuro.

Por que ainda existe preconceito?

O preconceito com o uso da cannabis medicinal geralmente nasce da desinformação e do medo. “A maior causa da desinformação ainda é o preconceito, achar que você vai usar droga, que vai causar prejuízo, quando você está simplesmente tratando algo que é causador do autismo”, explica a médica. O medo do THC, o desconhecimento sobre o SEC e o receio de “fazer apologia ao uso de drogas” criam barreiras que atrasam o acesso a um tratamento com grande potencial terapêutico.

Mas quanto mais conhecimento se espalha, mais essas barreiras caem. E, para muitas famílias, esse é o caminho para uma nova história com mais qualidade de vida e possibilidades para o futuro.

Tags: Autismoautismo infantilcanabidiolcannabis medicinalSaúdeSistema EndocanabinoideTEAtranstorno do espectro autistatratamento do autismo
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