A recém-nascida, que foi encontrada enterrada viva em uma cova em Bareli, na Índia, no dia 10 de outubro, está fora de perigo e completou um mês de vida. As informações foram dadas pelo pediatra que tratou a criança durante esse período, em entrevista ao Times of India.
De acordo com Ravi Khanna, que cuidou da menina desde que foi internada em uma clínica particular, ele considera que a recuperação “foi um milagre“, pois quando foi encontrada pesava apenas 1 kg e hoje, está com 2 kg. “Ela ganhou um peso considerável desde que chegou aqui. A bebê lutou por sua vida e agora está fora de perigo”, explicou.
“Já começamos a alimentá-la por mamadeira e, se ela continuar se recuperando assim, pode receber alta e ir para um orfanato até o fim deste mês”, concluiu. O destino da menina ainda não é certo, mas diversas pessoas da cidade e inclusive um parlamentar, disseram que a adotariam, porém os pedidos ainda não foram entregues por escrito. A família dela não foi localizada, mas podem ser indiciados por abandono infantil e tentativa de assassinato.
Entenda o caso
No dia 10 de outubro, na cidade de Bareilly, na Índia, um casal, que estava sepultando a filha, que havia morrido no parto, encontrou outro bebê, de apenas três dias, no local onde um funcionário abria uma nova cova.
“Estávamos no cemitério, o coveiro abrindo a cova, quando a pá bateu no pote. Por um momento, cheguei a achar que era a minha filha chorando, mas o choro vinha de dentro do vaso. Quando quebramos, ela estava lá dentro”, disse Hitesh Kumar ao veículo britânico Daily Mail.
A criança, que estava dentro do vaso e embrulhada em um pedaço de pano, foi levada para um hospital. Ela tinha menos de 1 quilo e apresentava sinais de desnutrição e uma infecção pulmonar. Só foi possível identificar a idade dela, porque o cordão umbilical havia caído.
“Prematuros em geral precisam de menos oxigênio. Quando estava enterrada, devia haver falhas no solo, por onde entrava o ar. Ela teve hipotermia e está recebendo oxigênio, ainda não consegue se alimentar sozinha. Estamos fazendo tudo que podemos por ela”, explicou o pediatra Saurabh Anjan, que está atendendo a recém-nascida.
Os médicos acreditam também que ela pode ter sobrevivido por ter consumido a própria gordura corporal e que estava com um número muito baixo de plaquetas. O caso foi considerado “um milagre”. A polícia ainda está investigando e os pais da criança ainda não foram identificados. O casal que encontrou a menina pensa em adotá-la.
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