Uma das principais queixas de pais de crianças com síndrome de down é a dificuldade do filho ser entendido por outras pessoas. Também é comum que os pais pensem que as primeiras palavras do filho virão “no tempo dele” e sem esforços. Esse pensamento, no entanto, não é o mais indicado, de acordo com Elizabete Carrara de Angelis, Diretora do Núcleo de Fonoaudiologia do Hospital A.C. Camargo.
Durante palestra no 3º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil, a fonoaudióloga explicou que normalmente perde-se tempo esperando que a criança desenvolva a fala sozinha. Oferecer estímulos desde cedo é essencial. Procurar ajuda de um especialista para acompanhamento constante também é uma recomendação, mas algumas atitudes simples feitas em casa já podem ajudar muito as crianças.
Conversar e brincar muito é um ótimo começo. Mesmo para os bebês, que ainda não entendem todas as palavras, é importante ouvir e escutar adultos falando. Na hora do banho, por exemplo, explique tudo o que está sendo feito e repita as partes do corpo e o nome dos objetos.
Com crianças mais velhas, já é possível começar a introduzir brincadeiras motoras e cobrar de maneira lúdica a produção de sons. Por exemplo, ao jogar uma bola, diga “pááá”. Se estiver montando um brinquedo de encaixar, pegue a peça e passe perto da boca dizendo o nome das formas. Evidencie a boca mexendo e o pescoço vibrando quando os sons são emitidos.
O 3º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil acontece até amanhã no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O evento está repleto de palestras sobre diversos assuntos relacionados à saúde das crianças. Confira a programação completa no site.
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