A cantora anunciou essa semana sua gravidez (de gêmeas!) por inseminação artificial e acabou levantando algumas dúvidas sobre os diferentes tipos de fertilização. Quer entender melhor?
Antes de tudo, a inseminação artificial ou intrauterina, é um método de fertilização de baixa complexidade realizada pelos casais que têm problemas para engravidar leve, ou seja, menos graves como disfunção hormonal ou alteração dos espermatozoides.
Para realizar esse procedimento, é simples, o médico passa a acompanhar e controlar o período fértil da mulher para saber exatamente quando aplicar a injeção de espermatozoides, colhidos do homem após dois dias sem relações, dentro do útero da mulher, para facilitar a formação do embrião.
Nesse procedimento, doutor Philip Wolff, pai do Gabriel e Diretor e Responsável Técnico pelos laboratórios de Andrologia, Embriologia e Criopreservação na Clínica Genics, explica que as chances de engravidar variam entre 20% a 25%, é relativamente barato e o risco é zero tanto para mãe quanto para o bebê. O médico também explica que a inseminação é mais eficaz até os 37 anos de idade da mulher, após isso, a qualidade e a quantidade de óvulos diminui e, consequentemente, as chances de engravidar também.
Mas, ainda que seja um procedimento controlado, não é possível escolher o sexo ou qualquer outra característica da criança, explica o José Geraldo Aguiar Faria Júnior, pai da Priscila e da Fernanda e responsável pela área de fertilidade da clínica Genics. “Através da separação entre os genes X e Y, é possível aumentar as chances de ser menino ou menina, mas sem garantias”. Quanto às doenças, é mais fácil prevenir.
O outro tipo diferente de fertilização é a In Vitro, de maior complexidade. O preparo é o mesmo, mas ao invés de apenas aplicar a injeção de espermatozoides, os óvulos também são retirados do ovários para receberem o espermatozoide fora do útero da mãe. Ou seja, tudo acontece do lado de fora! O médico acompanha a fertilização até o quinto dia útil quando consegue distinguir os melhores, ou o melhor óvulo para ser introduzido de volta na mãe.
Quanto à idade da mulher, o Geraldo dá uma dica: se o desejo é engravidar depois dos 37 ou em casos de diagnóstico de câncer prévio, a mulher pode guardar os óvulos em um banco para garantir quantidade e qualidade na hora de fazer uma fertilização in vitro.
As chances aqui já aumentam para 45% a 50%, mas pode haver alguns incômodos como dor e sangramento por envolver uma cirurgia. Apesar de ser possível escolher o sexo do bebê na fertilização In Vitro, o Dr Geraldo explica que é eticamente errado, por isso, só é permitido checar os genes em relação às doenças.
Se tem um procedimento mais simples? Tem sim, o Coito Programado. O Dr José Geraldo explica como funciona. ” A mulher é estimulada a ovular em um certo dia e horário e, ao invés de introduzir o espermatozoide, pede pra ela namorar”.
Ficou mais alguma dúvida?
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