A série “Luz”, a primeira produção infanto-juvenil brasileira da Netflix, traz à tona discussões sobre a importância das produções nacionais que refletem a diversidade cultural do Brasil. Com um enredo que combina o melodrama herdado das novelas com a cultura dos povos indígenas, a série rapidamente conquistou o público, alcançando mais de 1,4 milhão de visualizações e destaque entre as séries de língua não inglesa na plataforma.
A história de “Luz” gira em torno de uma jovem órfã, criada em uma comunidade indígena Kaingang, que parte em busca de suas origens. Acompanhando sua jornada, a série explora temas como identidade e amizade, contando com um elenco diversificado que inclui atores renomados como Marcos Pasquim e Mel Lisboa.
Como ‘Luz’ resgata a tradição e inova no formato?
A combinação de elementos tradicionais e inovadores é um dos trunfos de “Luz”. O diretor Thiago Teitelroit destaca que a série busca conectar gerações ao criar uma narrativa que ressoa com toda a família. Esse enfoque permite que a série aborde as tradições, enquanto explora novas formas de contar histórias, aproveitando as possibilidades oferecidas pelas plataformas de streaming.
Marianna Santos, protagonista da série, ressalta que “Luz” fortalece a união familiar ao apresentar a diversidade cultural do Brasil. O colega Francisco Galvão, que interpreta Joca, também acredita que a série ajuda os telespectadores a conhecerem mais sobre sua identidade nacional e cultural.
Por que escolher produções nacionais para crianças?
No cenário atual, onde 93% das crianças brasileiras consomem conteúdo via plataformas de Vídeo sob Demanda (VOD), segundo a Kids Corp, a série “Luz” destaca-se por promover uma reflexão sobre a necessidade de programas que melhor representem o público local. A atriz Claudia di Moura enfatiza que o entretenimento voltado às crianças deve ser mais do que um produto de mercado; ele deve validar os espectadores como agentes sociais e culturais.
- Valorização da diversidade: refletindo a pluralidade cultural do Brasil.
- Criação de identificação: fortalecendo laços culturais e sociais.
- Compromisso cultural: promovendo a qualidade em todas as etapas da produção.
Quais os desafios de integrar culturas indígenas na mídia?
As gravações de “Luz” contaram com a consultoria de uma pajé Kaingang e a participação de mais de 30 indígenas, destacando o compromisso da produção com a representação autêntica. No entanto, ainda há questões sobre a participação direta dos indígenas em papéis de protagonismo, como expressou Claudia di Moura. É essencial garantir que essas comunidades sejam representadas como protagonistas de suas narrativas.
![A ''Luz " que ilumina o Caminho, em busca da sua verdadeira identidade](https://paisefilhos.com.br/wp-content/uploads/2025/02/luz-netflix.-1-1024x576.jpg)
Assim, a série não só diverte, mas também educa e inspira, promovendo uma maior conscientização sobre as comunidades indígenas e suas contribuições culturais. Este tipo de abordagem na produção de conteúdo audiovisual ajuda a criar um catálogo mais inclusivo e representativo para as futuras gerações de espectadores.