Aracy Balabanian faleceu nesta segunda-feira, 7 de agosto, vítima de um câncer no pulmão. A atriz de 83 anos já estava com a doença em estágio avançado, por isso passou a receber cuidados paliativos. Aracy tinha contado sobre o câncer apenas para seu círculo próprio de convívio.
A secretária pessoal da atriz, Cris, contou sobre como foram os últimos dias da artista em vida. Ela diz que Aracy estava cercada por amigos e familiares nesse período. Todos eles já sabiam do estado delicado em que ela se encontrava.
“Ela estava internada desde a última quinta, teve uma piora e a levamos ao hospital. Quando ela deu entrada na Clínica São Vicente, e os médicos, inclusive o médico particular dela, já nos falaram que era apenas uma questão de mantê-la confortável, sem dor. Já estávamos cientes que era o fim. Ela fez a passagem sem dor, cercada pelos amigos e pela família”, disse Cris em entrevista à Quem.
O diagnóstico de câncer no pulmão foi feito no ano passado. Em relação ao velório, Cris disse que é a Globo que está organizando os detalhes, e ainda contou sobre um desejo da atriz. “A Globo está resolvendo sobre o velório e a cremação, deve ser tudo amanhã. A gente sabe que ela gostaria de um velório público. Mas depois a cremação será restrita à família e aos amigos”.
Mais de 60 anos de carreira
Aracy Balabanian é atriz, com mais de 60 anos de carreira dedicados à TV, ao teatro e ao cinema. Filha de armênios que vieram para o Brasil fugindo do genocídio, fixaram-se em Campo Grande (MS). Ingressou na vida artística pelos palcos, enfrentando o preconceito da época.
Foram vários personagens marcantes ao longo da carreira: a sofrida Maria Faz-Favor de Coração Alado (1980); a divertida Dona Armênia de Rainha da Sucata (1990), que retornou à cena em Deus nos Acuda (1992); a perigosa Filomena Ferreto de A Próxima Vítima (1995); e a socialite Cassandra da sitcom Sai de Baixo (1996-2002), entre outras.
Paralelamente à carreira na TV, seguiu com trajetória no cinema e como um dos nomes mais respeitados do teatro brasileiro. Entre os principais trabalhos, estão peças dirigidas por Ademar Guerra, como Hair (1968) e interpretando Clarice Lispector em Clarice Coração Selvagem (1998).
Em 2020, foi internada com insuficiência respiratória, mas recebeu alta após quatro dias. Por pertencer ao grupo de risco na pandemia da Covid-19, foi afastada do elenco da novela Quanto Mais Vida Melhor, da Globo, para a qual estava escalada.