O pai de Henry Borel, Leniel, contou ao ‘Fantástico’, da TV Globo, que está pensando em pedir a exumação do corpo do filho, ou seja, desenterrar o menino. A criança de 4 anos, não resistiu na madrugada da última segunda-feira, 8 de março, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. E o motivo do acontecimento está sendo investigado pela Secretaria de Polícia Civil. No dia, a criança estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
De acordo com Leniel, ele foi orientado pela equipe médica responsável pelo atendimento do filho a registrar ocorrência na delegacia da Barra da Tijuca, onde pediu um laudo do Instituto Médico Legal (IML). Que apontou lesões espalhadas pelo corpo do menino, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado.
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No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:
- Múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
- Infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral posterior da cabeça;
- Edemas no encéfalo;
- Grande quantidade de sangue no abdômen;
- Contusão no rim à direita;
- Trauma com contusão pulmonar;
- Laceração hepática (no fígado);
- Hemorragia retroperitoneal.
Monique e Dr. Jairinho prestam depoimento de 12 horas de duração
Monique e Jairinho foram chamados para depor na última quarta-feira, 17 de março. O relato da mãe durou mais de 7 horas, terminando por volta das 22h. Depois, foi ouvido o vereador, até por volta de 2h30 desta quinta-feira, 18 de março. O casal não falou com os repórteres e os advogados do vereador também não deram declarações.
Ao Extra, Dr. Jairinho enviou uma nota em que disse “estar triste”, “sem chão” e “suportando a dor graças ao apoio da família e dos amigos”. “As autoridades apuram os fatos e vamos ajudar a entender o que aconteceu. Toda informação será relevante. Por isso, acho prudente primeiro dizer na delegacia a dinâmica dos fatos, até mesmo para não atrapalhar os trabalhos desenvolvidos”, complementou Jairinho no texto.
A Polícia Civil encontrou algumas diferenças nos relatos dados sobre o caso Henry Borel. As contradições foram observadas nos relatos da mãe da criança, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Doutor Jairinho.
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Para a equipe médica que tentou socorrer o menino, a mãe dele disse que havia acordado após ouvir um barulho no quarto. Ao chegar no local, ela contou ter visto o menino caído no chão. Nesta primeira versão, que consta no Boletim de Atendimento Médico (BAM), eles encontraram o garoto gelado, pálido e sem poder de resposta. O padrasto chegou a pensar que o menino estava em parada cardiorrespiratória e a família foi para o Hospital Barra Dor, na Zona Oeste do Rio
O primeiro ponto de divergência foi em relação ao barulho citado pelo casal na noite em que tudo aconteceu. Durante o relato feito à polícia, nem a mãe nem o padrasto mencionaram terem ouvido um barulho vindo do quarto da criança. Monique afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada e foi ver o filho — quando o encontrou desacordado.
Já o Doutor Jairinho contou no depoimento que ele e a mulher estavam assistindo a uma série no quarto de hóspedes para não incomodar o sono do enteado. Os dois, então, pegaram no sono. O vereador disse que estava em um sono pesado, à base de remédios, quando Monique acordou, foi até o quarto do casal e encontrou Henry já caído, com os “olhos revirados e mãos e pés gelados”.
Médicas, enfermeira e perito prestam depoimento à polícia
Uma enfermeira e duas médicas, que atenderam o menino Henry Borel, de 4 anos, no Hospital Barra D’Or, na madrugada do dia 8 de março prestaram depoimento na 16ª Delegacia, na Barra da Tijuca, para ajudar com as investigações nessa última segunda-feira, 22 de março.
Já o perito que fez o laudo de necropsia foi ouvido, mas no Instituto Médico Legal (IML), na Região Central do Rio, de acordo com o G1. O pai de Henry, Leniel Borel, a mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e o padrasto, Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho, já foram ouvidos pela polícia na semana passada.
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Henry Borel, não resistiu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. O menino foi encontrado pela mãe caído em um dos quartos do apartamento onde vivia morava.