Publicado em 13/02/2019, às 17h35 - Atualizado em 26/02/2019, às 16h00 por Rhaisa Trombini, Edileyne e Geraldo
A vida com os filhos é uma verdadeira aventura. Quando nasce um bebê, nasce uma nova família, junto com os anseios, alegrias e dificuldades. Na casa de Gisele e Giu não foi diferente. Ao se tonarem pais de Nicole, a Nick, eles trabalhavam com o que gostavam e moravam perto da família, em Joinville, Santa Catarina.
Mas com o decorrer dos anos, o casal percebeu que o tempo que passava ao lado da filha era pouco. “Eu levava a Nick na creche de manhã cedinho e ela sempre saia umas 20h e logo dormia às 20h30. Eu a via um pouco no café da manhã e antes de dormir. É um tanto cruel, mas foi a minha realidade, já que eu trabalhava muito”, conta Gisele.
Quando Gisele descobriu que estava grávida de Théo, o casal decidiu fazer uma mudança drástica: ir para outro país, deixando para trás uma vida confortável a fim de buscar um equilíbrio entre o trabalho e o tempo dedicado aos filhos. “Queria resgatar a intimidade com a minha filha”, explica Gisele.
No começo, o casal estava relutante e pensou em deixar a casa e o carro, caso a mudança não desse certo e precisassem retornar ao Brasil. “Pensei milhares de vezes sobre a decisão antes e depois de mudar. Estava fazendo adendos com medo de encarar a viagem, mas fomos de cabeça”. Foi quando eles venderam tudo, doaram as roupas, pediram demissão dos empregos e entraram de cabeça nessa nova aventura.
“Passamos por muitos perrengues, uma vez por dia a gente pensava se tínhamos feito a coisa certa”. A responsabilidade de levar as crianças para outro país, tirar da escola, da família, era o que pesava mais ainda na decisão.
Giu trabalha na área de tecnologia como design de interface — quando se candidatou para vagas em outros países, não demorou para receber respostas. As oportunidades se concentravam em Portugal e Amsterdã. “Quase optamos por Portugal, por ser o mesmo clima, a mesma língua, a adaptação seria mais fácil.”
Mas o antigo chefe de Gisele aconselhou a família para não escolher a opção mais fácil, mas sim aquela que acrescentasse mais à vida de cada um. O destino, então, estava decidido: Holanda. “Por ser mais difícil e motivador, aprenderíamos muito mais. Mas é muito difícil começar a vida de novo. Procurar casa, entender o sistema de outro país, encontrar escola, médico, a língua”, conta Gisele.
Nick já falava um pouco de inglês, então conseguiu se comunicar bem com a professora na nova escola. Mas o choque cultural para uma menina de apenas 4 anos foi tão grande quanto para os pais. “O primeiro mês foi um dos piores da nossa vida com ela na escola”, conta.
Segundo Gisele, as escolas do Brasil e de Amsterdã são bem diferentes — são mais rígidas e valorizam a autonomia da criança desde cedo. No começo foi difícil, mas Nicole logo se acostumou com a professora e os colegas e hoje ama ir à escola.
Por lá, as crianças andam sozinhas na rua, vão para o parque na hora do intervalo sem supervisão e até na hora dos passeios escolares eles usam o transporte público. A escola que Nicole frequenta é pública. “Por muitos anos, a Holanda foi considerada o país com as crianças mais felizes do mundo justamente porque o sistema educacional deles é diferente”. Os alunos não têm lição de casa, pois fora da escola as crianças precisam apenas brincar. Mas durante as aulas, a atenção e dedicação é total.
Gisele era gerente de marketing de uma marca no Brasil e encarou uma nova profissão quando se mudou para Amsterdã. Agora, ela tem a própria microempresa de produção de conteúdo e pôde desengavetar uma antiga paixão: escrever.Para contar sua experiência, ela criou um blog chamado The Brave New Life, onde posta diversos textos falando de seus sentimentos, descobertas e dicas para a família. Além disso, Gisele trabalha nos horários da manhã, enquanto Nick e Théo estão na creche e na escola — depois, a tarde toda é dedicada a eles.
Mas se ela quisesse ter um trabalho convencional, Amsterdã propõe formas de flexibilizar isso. “Eles têm o dia da mamãe e o dia do papai, por exemplo. Os pais trabalham um dia a menos, o salário reduz 20%, mas eles conseguem ficar com as crianças.”
Além de conquistarem aquele equilíbrio que tanto precisavam na família, Gisele e Giu procuraram se aproximar mais da fé com a decisão de mudar de país. “Éramos seguros da nossa própria força para resolver os problemas, por mais que tivéssemos fé, não tínhamos passado ainda por uma experiência real de viver com os planos de Deus”
Eles se jogaram nessa aventura e aprenderam a viver com menos e dar valor às coisas que importam, mesmo que seja difícil. “Foi uma escolha nossa de viver um vida diferente, cheia de sentido e com coisas que realmente importam”, finaliza.
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