Aguardada por muitos, a Primavera teve início na último dia 22 de setembro. Contudo, além das flores e do clima agradável, a estação também traz um problema pouco conhecido da maior parte dos brasileiros: a alergia ao pólen. Você já ouviu falar dela?
Facilmente detectada em países do hemisfério norte, a alergia ao pólen é comum no Sul do Brasil, onde as estações do ano são mais marcadas. Segundo Herberto Chong Neto, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), pai de Herberto e Carolina, por lá, cerca de 5% a 7% das crianças sofrem com o problema nesta época do ano.
“É uma doença frequente no Sul do Brasil, que traz uma queda na qualidade de vida muito importante. Na Primavera, temos um período mais chuvoso na região Sul, o que faz com que os pólens de gramíneas, especialmente o do tipo azevém, usado como pastagem de gado, se espalhe de forma mais rápida, causando alergias”, explica o médico.
Sintomas
Coceira, vermelhidão, olhos lacrimejantes, além de espirros e irritação nasal são os sintomas mais comuns da rinoconjuntivite alérgica sazonal, doença que mais se manifesta entre os alérgicos ao pólen.
A síndrome de alergia oral também é outro problema frequente nesta época do ano nos estados mais ao sul do Brasil e merece atenção. “Primeiro a pessoa é sensibilizada ao pólen, depois, ao comer alguns alimentos, sobretudo frutas, ela tem uma reação cruzada, que pode acabar em uma inflamação local”, esclarece o imunologista Antonio Carlos Pastorino, do Instituto da Criança, pai de Otávio.
Prevenção
De modo geral, a melhor forma de prevenir as reações alérgicas causadas pelo pólen é evitando, se possível, sair de casa no início da manhã e final da tarde, quando há mais vento e os pólens se espalham mais facilmente. Evitar secar roupas ao ar livre e se trocar, assim que chegar em casa, também são medidas que fazem a diferença.
No que diz respeito ao tratamento, para reduzir o processo inflamatório alérgico, vale adotar a lavagem do nariz com soro fisiológico, o uso de corticoides tópicos nasais, colírios e, nos casos mais graves, tomar a vacina antialérgica, indicada para crianças a partir dos 4 anos de idade. Vale lembrar, que qualquer procedimento deve ser feito com orientação médica.
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