No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Psoríase, data criada para conscientizar a população e minimizar o preconceito sobre a doença que afeta 2% da população mundial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), atualmente a doença atinge 125 milhões de pessoas no mundo, sendo cerca de 5 milhões de brasileiros. A psoríase causa lesões arredondadas, avermelhadas e descamativas, em geral com casca esbranquiçada, que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida dos pacientes. Por ser uma doença crônica, uma vez que se manifesta, precisa ser tratada pela vida toda.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a psoríase é uma doença inflamatória crônica e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo, principalmente a pele, os joelhos, cotovelos, mãos, pés, unhas e o couro cabeludo.“A psoríase não é meramente uma doença de pele, mas sim uma enfermidade sistêmica que afeta todo o corpo todo e com alto o impacto psicossocial. Os pacientes lutam diariamente contra a doença e também com o sentimento de impotência e frustração”, explica Gladis Lima, presidente da associação de pacientes Psoríase Brasil.
Mas apesar de não ter cura, a psoríase pode ser controlada se for tratada da forma certa. Neste mês, a SBD faz uma campanha nacional de conscientização sobre a doença e a sua possibilidade de tratamento, já que ela tem controle e não deve ser motivo de preconceito. O objetivo é engajar a sociedade para que a doença seja melhor entendida, com foco no cuidado e em novas terapias para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Informação contra o preconceito
A pesquisa “Clear about Psoriasis Worldwide”, feita pela Novartis, mostrou que 96% dos brasileiros participantes afirmam já que já passaram por uma situações de constrangimento por terem a doença. Além disso, 40% dos mais de 8 mil participantes da pesquisa no mundo todo relataram se sentir envergonhados por causa das lesões na pele.
A SBD reforça que a psoríase não deve ser motivo de preconceito nem impedimento de praticar atividades e vivenciar as situações do dia a dia. “O esclarecimento das dúvidas da população é uma forma de minimizar o preconceito e de valorizar a autoestima dos pacientes”, ressalta Claudia Maia, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O diagnóstico e o tratamento da doença devem ser indicados por um dermatologista. Segundo a SBD, o protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, que pode ser leve, moderado ou grave, existem outras formas de cuidar do paciente. A fototerapia, os medicamentos orais tradicionais e os biológicos são indicados nos tipos de psoríase moderada a grave.
A causa da doença ainda é desconhecida, mas existem gatilhos que fazem a psoríase entrar em atividade, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas medicações.
MITOS E VERDADES from SBD Nacional on Vimeo.
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