Segundo Estatísticas de Registro Civil, divulgadas em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são as mães que ficam com a guarda das crianças na maioria dos casos de separação. Em 2010, elas ficavam com os filhos em 87,3% das separações, e em um terço dos casos, as crianças perdem o contato com os pais.
Neste cenário, são as crianças as mais prejudicadas, já que podem desenvolver distúrbios físicos e emocionais, além de ficarem sem o contato e carinho paterno. Esta situação é chamada de alienação parental, quando um dos pais usa as crianças para prejudicar o ex-parceiro.
A alienação, que hoje é considerada uma síndrome, foi citada pela primeira vez em 1985 e ganhou destaque no Brasil com o caso de uma mãe que perdeu a guarda do filho para o ex-marido. Ela criou um blog para narrar a situação de todo o processo.
Já existem alguns livros sobre o tema, e um deles fala, especificamente, sobre a relação entre as crianças e o pai. Ex-marido, pai presente (Mescla Editorial), de Roberta Palermo, aborda o tema com as famílias e ajuda quem enfrenta a situação. “O objetivo da obra é fortalecer o pai para que ele não permita que a mãe atrapalhe sua convivência com o filho depois da separação”, afirma a autora. “O pai precisa entender alguns pontos importantes sobre o papel de cada um, principalmente quando já existe um novo relacionamento”, complementa a autora.