Durante o período gestacional, o corpo da mulher passa por transformações significativas, tanto externas quanto internas. Além das alterações visíveis, como o crescimento da barriga e dos seios, ocorrem mudanças mais íntimas, como alterações na secreção vaginal. Essas modificações são impulsionadas por mudanças hormonais necessárias para o desenvolvimento do bebê e preparação do corpo para o parto.
É comum que ao longo da gravidez, o corrimento vaginal se torne mais espesso. Isso ocorre devido ao aumento dos níveis de progesterona, que é uma mudança fisiológica e geralmente não requer tratamento. Essas alterações são diferente da presença de corrimentos durante outras fases da vida feminina, pois indicam ajustes naturais no organismo materno ligados à gestação.
O papel do tampão mucoso na gestação
Um dos marcos distintivos do final da gestação é a saída do tampão mucoso. Esta substância, de caráter espesso e mucoso, muitas vezes com traços de sangue, aparece quando o corpo se prepara para o parto. Comumente ocorre após a 37ª semana, sinalizando que o trabalho de parto se aproxima. O tampão serve como uma barreira protetora, mantendo o ambiente uterino isolado de possíveis infecções.
Durante a gravidez, o colo do útero mantém-se fechado e firme para assegurar a segurança do bebê. No entanto, à medida que o término da gestação se aproxima, ele começa a amolecer e dilatar, processo conhecido como dilatação cervical, envolvendo a liberação gradual do tampão mucoso.

Quais correções demandam atenção na gravidez?
Identificar um corrimento vaginal anormal durante a gravidez é essencial para a saúde materna e fetal. Alguns sinais de alerta incluem um corrimento excessivamente abundante, com cores distintas do branco ou transparente, cheiro forte ou acompanhado de ardor e coceira. Esses sintomas podem indicar infecções, como a candidíase, causada por fungos, ou mesmo condições mais sérias.
- Corrimento branco ou amarelo com consistência espessa e cheiro intenso pode ser um sintoma de infecção.
- Coceira e ardência na área íntima sugerem a necessidade de avaliação médica.
Um acompanhamento médico regular permite o diagnóstico precoce dessas condições, assegurando que qualquer anomalia seja prontamente tratada.
Como diagnosticar e tratar problemas vaginais na gestação?
O acompanhamento obstétrico é vital durante a gravidez, garantindo a saúde da mãe e do bebê. Ao perceber qualquer mudança no corrimento vaginal, a gestante deve procurar orientação médica. O diagnóstico geralmente é feito por exame físico, que avalia cor, odor e consistência do corrimento, além da presença de irritações. Baseado nisso, pode-se prescrever tratamentos específicos, que variam de cremes vaginais a antibióticos orais.
Qual corrimento indica fertilidade?
Durante o ciclo menstrual, as características do corrimento vaginal variam de acordo com as oscilações hormonais. Na primeira fase do ciclo, sob a influência do estrogênio, o corrimento é em geral mais fluido. A proximidade da ovulação, marcada por um aumento do hormônio LH, torna o corrimento mais viscoso e elástico, semelhante a uma clara de ovo. Esse ambiente é considerado ideal para quem deseja engravidar, pois favorece a movimentação dos espermatozoides.
Essas observações auxiliares são importantes não apenas para compreender os processos naturais do corpo feminino, mas também para aproveitar o período fértil ao máximo, caso esteja planejando uma gravidez.