Kate Craw de 26 anos, que vive em Pentre Maelor, Wales no Reino Unido, chocou a equipe de médicos da sua cidade ao engravidar de trigêmeos idênticos, naturalmente! A possibilidade de uma fecundação de três óvulos em uma mesma placenta é extremamente pequena, e geralmente acontece em casos de procedimentos como fertilização in vitro. De acordo com o The Mirror Tommy, Joshua e Eddie precisaram usar até mesmo um adesivo com o nome nos primeiros dias, para que os pais conseguisse identificá-los.

Conhecida também como FIV ou “bebê de proveta”, a fertilização in vitro é um procedimento mais complexo. Nela, a origem da vida acontece fora do corpo da futura mãe. De acordo com Melissa Cavagnoli, especialista em reprodução assistida da Huntington Medicina Reprodutiva, mãe de Maria Luisa, esse método é indicado quando as tubas uterinas são obstruídas, impedindo a fertilização natural, ou pouco competentes, além de casos de endometriose profunda, ovário policístico, idade mais avançada da mulher, homens com alteração no sêmen — como baixa concentração ou mobilidade — e possíveis alterações genéticas que podem ser transmitidas ao bebê.
O processo consiste em cinco etapas. Primeiro, a mulher é medicada para estimular o crescimento de mais de um óvulo por ciclo menstrual, com injeções diárias à base dos hormônios usados no procedimento da inseminação. Depois, esses óvulos são aspirados por uma agulha e colocados em uma substância cheia de nutrientes para mantê-los vivos no laboratório.
Os espermatozoides são adicionados aos gametas femininos para que um deles consiga fecundar o óvulo. Com a fertilização, o embrião é mantido em uma estufa, onde começa a divisão celular. Se o processo for bem sucedido, após cinco dias o embrião é colocado no útero da mulher. Segundo Melissa, se dois embriões forem transferidos para o útero mulher, a chance de sucesso é de 55%.