
As gestantes redobraram os cuidados, após o anuncio de inúmeros casos de microcefalia causados pelo Zika vírus. Apesar de terem controlado o surto que aconteceu em 2015 e 2016, uma nova pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) encontrou a presença do vírus nas placentas de gestantes que tinham resultados negativos para a doença.
Os pesquisadores analisaram 17 amostras de placentas e em 14 delas o vírus foi detectaram. As gestantes tiveram acompanhamento médico durante toda a gestação até o nascimentos dos filhos. Aliás, mesmo com resultado positivo, nenhuma criança nasceu com microcefalia.
Os resultados finais fazem parte de uma tese de doutorado e possui como orientadora a professora titular de obstetrícia Eliana Amaral. Ela afirma que a placenta é um bom marcador da doença e que aqueles que são contaminados podem apresentar consequências além da microcefalia.
“Nós vimos que a placenta é um repositório e um marcador de zika. Significa que não importa quando teve a gravidez, mas mostrou que estava com o vírus presente. Não sabemos se é uma barreira. Como se falou muito do zika só pela microcefalia, a nossa discussão é que as arboviroses podem ter outros tipos de consequência. E entender que a placenta sempre pode ser um bom marcador. Não se dá tanto valor à placenta quanto ela deveria receber”, afirmou Eliana.
Agora, os pesquisadores acompanharão o desenvolvimento dos 14 bebês para assegurar que eles não possuam nenhuma sequela. “É natural para uma mãe que, quando está vendo que não tem nada com a criança, não faça nenhum segmento. Vamos em busca dessas 14 crianças para confirmar se não tiveram nenhuma consequência.”
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