Enzo Alves, de 6 anos, surpreendeu a todos ao pedir para falar no velório da mãe, Naiana, em Belém (PA), onde a família mora.
Naiana teve câncer de pulmão, porém as metástases se espalharam para outras partes do corpo, fazendo com que ela sentisse muitas dores nos ossos. Felipe, marido de Naiana, descobriu a causa do câncer por conta de um exame de cintilografia óssea.
O exame indicava uma metástase óssea de grau avançado na coluna vertebral, nos ombros, na bacia e em outras regiões do corpo de Naiana, que também contraiu pneumonia durante esse tempo.
Em 2017, Naiana descobriu que estava com um nódulo pulmonar. O diagnóstico surpreendeu a todos, inclusive os médicos, pois ela não fumava e 90% desses casos acontecem com homens fumantes e de idade avançada.
Em abril de 2018, Naiana passou por uma ressonância no crânio e foram descobertas duas metástases em seu cérebro. Nessa fase, ela teve perda cognitiva, motora e da fala. Assim, seu filho Enzo descobriu que a mãe não estava bem.
Em entrevista ao Razões Para Acreditar, Felipe conta que Enzo foi muito companheiro para a mãe durante o tratamento. “Só teve um dia, voltando da escola, que ele estava meio irritado: ‘não aguento mais! A mãe dos meus amigos pegam eles no colo, brincam com eles, minha mãe não faz nada disso’.”, Felipe relembra. “Conversei com ele, expliquei que a mãe estava passando por um tratamento. Enfim, foi a única vez. Nunca mais ele teve esse tipo de reação”.
Naiana prosseguiu com o tratamento até dezembro, porque a quimioterapia não dava mais resultado. Ela foi internada e não estava mais combatendo o câncer, apenas recebendo o tratamento paliativo. Naiana faleceu no dia 24 de fevereiro de 2019, deixando para trás Felipe, Enzo, amigos e parentes.
O que comoveu a todos foi que Enzo, durante o velório da mãe, pediu para falar.
Visualizar esta foto no Instagram.Uma publicação compartilhada por Felipe Verissimo Alves (@fverissimoalves) em 25 de Fev, 2019 às 3:25 PST
De acordo com o pai, em entrevista ao Razões Para Acreditar, Enzo quis transmitir que “não são apenas os mais velhos que morrem e que é preciso valorizar a mãe enquanto ela está viva”.
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