De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi identificada nos últimos seis meses uma queda da cobertura vacinal no Brasil. Por esse motivo, o projeto tem como intuito mapear crianças que estão com esses atrasos no calendário vacinal e pretendem lançar ainda em março uma plataforma que ajude os agentes de saúde a vacinar populações com baixa cobertura de imunizantes.

Envolvendo não só profissionais da saúde, mas também professores, assistentes sociais e e outros profissionais que estão em contato frequente com o público, o projeto Busca Ativa Vacinal, desenvolvido em parceria com a Fundação José Luiz Egydio Setúbal, pretende criar redes de monitoramento para encontrar crianças com doses em falta.
No aplicativo, será fotografado as carteiras de vacinação das crianças e onde será criado um banco de dados com endereço para facilitar as políticas de recuperação em cada local. Uma vez identificados, aqueles que não estão em dia com o calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI), o município receberá um auxílio de planejamento de como levar a vacina até onde é preciso.
Em entrevista ao O Globo, Cristina Albuquerque, chefe de Saúde do Unicef no Brasil, conta que a ideia é que haja mais redes de apoio social. “Com a situação tão grave das baixas coberturas, fica difícil para o setor saúde fazer sozinho o trabalho de recuperar as altas coberturas”, explica. “As campanhas nacionais de vacinação que foram exitosas no passado, como a contra a poliomielite, geralmente envolviam toda a comunidade, todas as secretarias do município, e isso é algo que não se tem visto mais, de mais maneira geral”, finaliza.