Na última sexta-feira, 26 de janeiro, uma menina, de apenas 1 ano, morreu afogada após acidentalmente se enrolar na lona de proteção da piscina da casa em que morava. O caso aconteceu no Setor Campos Elísios, em Anápolis.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, os pais da criança contaram que usavam a lona para evitar a exposição da piscina. Os bombeiros chegaram a prestar os primeiros socorros, mas a bebê morreu no local.
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Após cair na piscina, a criança afundou junto com a lona, que não suportou o peso. Os pais rapidamente acionaram os bombeiros para socorrerem a filha. O Samu também foi chamado para atender a bebê, que já estava inconsciente, mas mesmo assim ela morreu.
Afogamento é a principal causa de morte de crianças de 1 a 4 anos no Brasil: saiba como prevenir
A principal causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos e segunda maior na faixa etária de 5 a 9 anos de idade, no Brasil morre uma criança afogada a cada três dias. Os dados são da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA).
Por ano, 236 mil pessoas são vítimas fatais de afogamento e 90% das mortes acontecem em países de baixa e média rendas. Em 2023, foi adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a primeira resolução para prevenir os casos.
Os afogamentos não acontecem só em mares, piscinas, rios e ambientes aquáticos de submersão, mas na verdade, muitas das vezes em situações cotidianas, como tomar banho, coletar água para uso doméstico, viajar sobre a água em barcos ou balsas e pescar.
Capacitar pessoas que possam ser observadores de água, garantir que regulamentações sobre embarcações sem cumpridas e tornar melhor a gestão do risco de inundações estão entre as medidas de baixo custo para prevenir os acidentes e são sugeridas a países e organizações para reduzir o número de vítimas.
Além disso, instalar barreiras que controlem o acesso à água, creches pré-escolares e instituições de cuidados infantis seguras construídas longe da água, ensinar natação, resgate, ressuscitação e segurança aquática são outras prevenções importantes.
A Organização Mundial da Saúde ainda sugere que os cidadãos, instituições e governos conversem, apoiem, incentivem e engajem eventos, organizações públicas, conversas e conscientizações sobre o assunto.
Como prevenir
As crianças, principalmente as menores, podem se afogar em baldes, bacias e até no vaso sanitário. Quando são pequenas, a cabeça e os membros superiores das crianças são mais pesados que o restante do corpo. Fica fácil perder o equilíbrio, cair e depois não saber como levantar. Por isso mesmo, todo cuidado é pouco.
“Cuidar não é só ficar olhando. É muito mais do que isso. Para tomar conta mesmo, é preciso abrir mão da diversão, do celular… Porque, depois que o acidente acontece, não tem mais volta”, alerta o pediatra Marco Antônio Chaves Gama, pai de Bruno e Gabriela e presidente do Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Se seu filho cair na água e se afogar, é preciso ter calma. O primeiro passo é retirá-lo da água e desobstruir as vias respiratórias, colocando a cabeça um pouco para trás. Não dá para perder tempo. Logo em seguida, ligue para o serviço de emergência. Tenha o número do SAMU (192) e do Corpo de Bombeiros (193) sempre à mão e salvos nos contatos do celular. Ele pode ser útil quando você menos imaginar. “O importante é ligar para os bombeiros ou para a emergência imediatamente. Eles sabem como orientar e vão dando o passo a passo do que você deve fazer”, explica Marco Antônio.