Em 2018, um pesquisador chinês, He Jiankui, deixou os companheiros de trabalho chocados depois de afirmar que teve sucesso ao alterar o DNA de duas meninas gêmeas. O percursor do movimento, Jiankui, comentou durante uma conferência em Hong Kong no ano passado sobre uma possível segunda tentativa, mas até então nada havia sido confirmado.
Na segunda-feira (21), a mídia chinesa afirmou, sem muitos detalhes, que já existe outra mulher carregando um feto que teve seus genes editados, em breve ela será colocada sob observação médica. De acordo com William Hurbult, médico da Universidade de Stanford e amigo de Jiankui, a segunda mulher grávida de um bebê de gênes alterados está tendo uma evolução positiva, “tenho a impressão de que o bebê era muito jovem quando a conferência aconteceu. Ele só pôde ser detectado quimicamente, não clinicamente”, explicou. “Assim, podia não ter mais de quatro a seis semanas de idade na época, e agora deve ter entre 12 e 14 semanas.”
Apesar do aparente sucesso, Jiankui está sendo investigado, segundo com o portal de notícias Xinhua, por conta de falsificação de documentos de revisão ética e “evitou deliberadamente a supervisão” de sua pesquisa e atualmente está preso em um departamento na Universidade de Ciência Tecnologia do Sul (SUSTech), na cidade de Shenzhen, na China. Ainda sim, o pesquisador pode andar livremente pelo campus e ter contato normal com a família.
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