As famílias têm mudado muito nos últimos anos. Madrasta, padrasto, enteados e meio-irmãos estão cada vez mais presentes. Ainda bem! Essas relações podem trazer mais felicidade e segurança para a família toda.
Isso aconteceu com Tabita Brasil que ganhou um enteado há 7 meses, quando começou a namorar com Adriel. Ele é pai do Gabriel, que hoje tem 4 anos e desde os 3 é muito amado pela madrasta. “Ser madrasta é uma coisa simplesmente inexplicável. Um amor que não pra explicar em palavras. Ninguém se prepara para ser madrasta. A gente se apaixona por um cara e plau, tem uma criança que cai no seu colo”, conta.
Além de ter uma ótima relação com o enteado Gabriel, Tabita também se dá superbem com Kelen Klein,a mãe do menino. “Gabriel morria de ciúme, mas quando vi ele já voltava todo empolgado falando da tia ‘Tabitinha’. Tenho uma sorte enorme de ter dado para o meu filho um pai maravilhoso e de ele ter encontrado a melhor pessoa pra cuidar do guri com ele’, lembra Kelen.
Nossa editora Andressa Simonini também tem um madrasta pra lá de parceira. É a Beatriz Trivella, que está junto com o Igor, pai da Andessa, há 29 anos. “Ter uma enteada me fez ser uma pessoa melhor. Nunca senti ciúme da Andressa com o pai dela. Tenho um sentimento quase que maternal por ela”, disse.
É realmente importante demonstrar que não haja qualquer tipo de competição na relação entre madrasta e enteado, de acordo com Laís Borges, psicóloga da rede de centros médicos Dr.consulta. “A tarefa de dividir quem se ama não é fácil. A relação enteado x madrasta é construída lentamente com avanços e recuos, com base no respeito e em direção ao amor. Paciência e persistência estão sempre presentes e aceitar o enteado é, antes de tudo, aceitar o passado do marido”, acrescenta.
A educação também é uma questão importante que precisa ser discutida. “O pai, como responsável pelas crianças, é quem inicialmente dita as regras, limites e estabelece se a companheira tem ou não liberdade de fazer cobranças, sempre tendo em vista deixar a relação saudável para todos os envolvidos, longe do ciúme e das brigas pelo poder”, explica a psicóloga.
A situação só fica diferente quando a madrasta que mora na mesma casa do enteado e a que recebe a visita dele aos finais de semana. Quando é assim, a madrasta vai ter uma papel mais participativo na educação das crianças, mas esse limite ainda precisa ser muito bem delimitado pelo pai.
“É importante que haja uma relação amistosa. A madrasta possui uma condição especial de poder amar e se divertir com uma criança muito próxima sem ter a responsabilidade final por ela”, completa a especialista.
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