Após a decisão da Faculdade São Leopoldo Mandic decidir expulsar a aluna do curso de medicina, que quando adolescente foi responsável por matar a amiga, Isabele Guimarães Rosa, com um tiro no rosto não foi bem aceita pela mãe da garota.
“Minha filha não deve nada para ninguém. Cumpriu o que foi imposto pela Justiça. Ela merece viver a vida sem esse linchamento moral”, opinou em entrevista ao blog True Crime, do jornalista Ullisses Campbell.
A mãe da jovem ainda garantiu que “não irá deixar barato” essa situação com a filha e que não é a primeira vez que ela lida com esse tipo de atitude.
Relembre o caso
Isabele Ramos Guimarães morreu aos 14 anos de idade baleada pela melhor amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá, no dia 12 de julho de 2020. A jovem afirmou que a pistola disparou acidentalmente, mas negou estar brincando com a arma da família.
O tiro acertou o rosto da jovem. Ambas tinham a mesma idade na época. Após o crime, a polícia verificou que o armamento estava sob posse ilegal do pai da suspeita. Em julho de 2023, a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues, da 2ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, extinguiu o processo de execução de medida socioeducativa da adolescente.
De acordo com Leilamar, a decisão foi tomada com base na análise do relatório psicossocial que aponta que as metas do Plano Individual de Atendimento (PIA) já foram alcançadas e a medida de liberdade assistida imposta já foi cumprida.
Na decisão, a magistrada também considerou que a adolescente completa a maioridade em breve, e “demonstrou o interesse em traçar novos objetivos longe do ambiente deletério da reiteração infracional”.
Justiça solta adolescente que matou a menina e mãe se revolta: “Estou indignada”
A mãe de Isabele Guimarães Ramos, adolescente morta pela amiga com um tiro na cabeça em um condomínio de luxo, em Cuiabá, em 2020, diz estar indignada após a Justiça soltar na última quarta-feira, dia 8 de junho, a jovem que atirou na filha. “Estou indignada, surpresa, aflita. Minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples, mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada. A atiradora era perita nisso”, disse Patrícia Ramos, mãe de Isabele.