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Autora de obras de sucesso, que já tiveram milhões de cópias vendidas, Carolina Maria de Jesus faleceu em 13 de fevereiro de 1977, aos 62 anos, devido à asma. Considerada uma das escritoras mais lidas do Brasil, sua herança agora é disputada na justiça pela filha e as netas.
José Carlos de Jesus era filho da escritora e morreu após ser atropelado em 2016, desde então, suas filhas Adriana, Elisa, Eliane e Lilian, decidiram entrar na justiça para ter acesso à herança da avó, já que a tia delas, Vera Eunice, tem complicado o acesso ao patrimônio.
Além de relatarem estarem passando por dificuldades financeiras, elas também contam que quando algum conteúdo que envolve o nome de Carolina começa a ser planejado, elas nunca são contatadas para dar sua autorização. A primeira-secretária da Comissão de Advocacia de Família e Sucessões da OAB-SP, Daniela de Carvalho Mucilo, destacou que como elas são herdeiras, têm direito fazer parte das decisões das produções relacionadas à escritora.
Uma das netas, Adriana Maria de Jesus, de 41 anos, desabafa sobre a relação complicada com a tia e o sucesso dos livros da autora que faleceu. “Quarto de Despejo”, um dos livros dela, que foi lançado em 1960 vendeu mais de 3 milhões de exemplares: “A Vera nega a nossa existência. O livro da nossa avó foi traduzido para mais de 16 idiomas, e a gente não vê esse dinheiro. Começamos a publicar nossa história nas redes porque precisamos” conta ela.
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Já a tia, Vera Eunice, rebateu as críticas feitas a ela: “Primeiro, se fosse uma briga verdadeira, se elas tivessem amor pela avó, mas não é nisso que estão interessadas. Hoje o meu objetivo é colocar a minha mãe no alto e estou fazendo isso, elas não sabem sobre minha mãe, elas querem participar do quê?”.
Adriana e Eliane chegaram a viver com a tia por um período e contaram terem sido agredidas física e verbalmente, além disso, Eliane afirma o que elas realmente querem: “Nós não estamos passando fome, temos frango e ovo para comer. Se eu falar para você que estamos passando fome, vou estar mentindo. Já vivi muito pior, mas nós também merecemos ter o direito de ser reconhecidas como neta de Carolina”.
