Nesta segunda-feira, 22 de maio, é celebrado o Dia do Abraço. Vamos combinar: não tem nada melhor do que isso. Abraçar é uma terapia, e das fortes! É medicinal, acalma e pesquisas demonstram que abraçar (e rir também) é extremamente efetivo para curar doenças (como a pressão arterial), solidão, depressão e ansiedade – e ainda ajuda a melhorar nossa memória!
São muitos os benefícios que um abraço pode trazer. Mas, você sabia que nós precisamos de pelo menos 8 abraços por dia? Há especialistas no assunto que dizem que todos nós precisamos de abraços diários para nossa sobrevivência. E que oito abraços diários seria o mínimo para isso. Uma terapeuta da família americana afirmou que “nós precisamos de 12 abraços diários para crescermos maduros”.

Além disso, estudos mostram que um abraço apertado, quando os dois corações estão pressionados um contra o outro, podem trazer alguns benefícios como:
- Construir uma relação de confiança e uma sensação de segurança. Assim, o diálogo entre as pessoas será beneficiado, sendo mais aberto e honesto
- Aumentar, instantaneamente, os níveis de ocitocina, que curam sentimentos de solidão, isolamento e raiva
- Elevar os níveis de serotonina, elevando o humor e gerando felicidade. Para isso, o abraço precisa ser longo, não vale um abracinho
- Fortalecer o sistema imunológico. A suave pressão realizada durante o ato de carinho eleva a carga emocional e ativa o chacra do plexo solar. Isso estimula a glândula timo, que regula e equilibra o corpo na produção de glóbulos brancos, que o mantém saudável e livre de doenças
- O abraço pode aumentar a autoestima. A partir do momento em que nascemos, recebemos estímulos de toques dos pais e da família, o que nos demonstra que somos amados e especiais. As associações de autoestima e a sensação tátil de nossos primeiros anos são arraigadas em nosso sistema nervoso mesmo quando somos adultos. Os carinhos que recebemos da nossa mãe e pai enquanto crescemos permanece impressa em um nível celular que relembramos enquanto damos um abraço
- Relaxar os músculos e libera a tensão no corpo. Abraços podem tirar a dor, ou acalmá-las, aumentando a circulação
- Equilibrar o sistema nervoso
- Ensinar a dar e a receber. O valor de igualdade é gerado ao recebermos calor e dividirmos e a percebermos que o amor flui nos dois sentidos
- Gerar um resultado semelhante ao da meditação e das risadas, nos ensinando a estar verdadeiramente presentes naquele momento. Além disso, eles têm o poder de tirar você dos pensamentos cotidianos, fazendo com que se concentre nas batidas do coração e na própria respiração
- A energia trocada entre duas pessoas durante o abraço é um grande investimento para o relacionamento. Isto encoraja à empatia e ao entendimento
Além disso tudo, podemos associar os benefícios do abraço com a figura materna (sim, mais uma vez ela fez tudo e muito mais). De acordo com pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, um simples telefonema da mãe causa a liberação de um hormônio poderoso que pode acalmar os nervos.

Foi realizado um teste em um grupo de meninas de 7 a 12 anos, o qual disparava os níveis de cortisol – hormônio do estresse. Após estressadas, um terço das meninas foi confortado com o toque de suas mães, um terço assistiu a um vídeo de emoção e o resto foi colocado no telefone com a mãe. A pesquisadora concluiu que tanto as que interagiram pessoalmente, quanto as que interagiram por telefone, tiveram praticamente a mesma resposta hormonal. Os níveis de ocitocina, ou “hormônio do amor”, das meninas aumentaram muito e o hormônio do estresse foi eliminado. Após os resultados, pode-se concluir que a liberação do “hormônio do amor” vai além do contato físico. Escutar a voz da mãe pode ser tão aliviante quanto um abraço e o mais importante: os resultados são duradouros.
Bom demais para ser verdade, né? Mas, atenção: não rola abraçar qualquer pessoa. Segundo estudos da Universidade de Viena (Áustria), os benefícios somente virão quando abraçarmos alguém de quem gostamos, em quem confiamos. E mais: o efeito pode ser contrário quando o abraço vier de uma pessoa não tão agradável; segundo o autor do estudo da Universidade de Viena, o neurofisiologista Jürgen Sandkühler, quando a não gostamos daquela pessoa que nos abraça, nosso corpo libera cortisol, o hormônio do estresse. Nesses casos, interpretamos que está ocorrendo uma violação do nosso espaço pessoal, e nos sentimos ameaçados.
Benefícios do abraço para o bebê
Estabelecer um contato pele na pele com seu bebê tem diversas consequências imediatas sobre a saúde. Não é de agora que os especialistas aconselham isso, nos anos 80, o médico Edgar Rey Sanabria, do Instituto Materno Infantil de Bogotá (Colômbia), incentivou as mães dos prematuros internados a segurá-los no colo, para mantê-los aquecidos e facilitar a amamentação. Deu tão certo que o método ficou conhecido como canguru e foi migrando de lugar em lugar do mundo. “Esse contato promove o ganho de peso, reduz infecções e favorece o controle da temperatura. Os recém-nascidos ficam menos tempo tanto na incubadora quanto na UTI neonatal”, conta o pediatra Thomaz Bittencourt Couto, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Outro benefício do toque é com relação a dor. “O estímulo tátil chega ao cérebro mais rápido do que o doloroso, por isso, prestamos menos atenção ao que incomoda. É como se o estivéssemos enganando”, diz a neuropediatra Ana Carolina Coan, professora do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Além de “distrair” o cérebro, pesquisas mostram que o toque também acalma.
Uma delas, feita em parceria pelas Universidades de Oxford e Liverpool John Moores (ambas na Inglaterra), mostrou que um carinho dos pais antes de exames de sangue pode diminuir a dor. Para chegar a essa conclusão, os cientistas observaram o cérebro de bebês com ajuda de eletroencefalogramas antes e após as intervenções. No grupo das crianças que receberam o carinho pouco antes do exame, a área do cérebro relacionada à dor foi menos ativada após o procedimento. “O toque parece ter um potencial analgésico sem o risco dos efeitos colaterais”, afirmou uma das autoras do estudo, Rebeccah Slater, professora de pediatria da Universidade de Oxford.