O parto, além de ser um evento único na vida de uma mulher, é imprevisível. Todos os tipos de parto têm riscos e podem ocorrer complicações, até mesmo o natural. Existem dois tipos de complicações que as mulheres mais temem: a asfixia neonatal e as disfunções do assoalho pélvico.
A asfixia neonatal ou perinatal consiste na falta de oxigênio para o feto devido à demora durante o trabalho de parto. A criança pode apresentar futuras sequelas, como a paralisia cerebral ou comprometimentos neurológicos mais graves. Felizmente, esses casos são raros, mas é muito importante um acompanhamento médico adequado em todo o trabalho de parto, especialmente no final, realizando um monitoramento cardíaco do bebê.
Já as disfunções do assoalho pélvico envolvem a queda ou prolapso da musculatura, que serve como base para o útero e todos os outros órgãos abdominais, como bexiga, intestino delgado, reto, uretra e até mesmo a vagina. Com isso, surge uma preocupação corriqueira entre as gestantes: O parto normal pode deixar a vagina mais larga?
A resposta é: Sim. Além disso, pode levar a uma incontinência urinária ou fecal. São casos raros, mas os distúrbios do assoalho pélvico são mais comuns entre mulheres mais velhas e que tiveram vários partos normais, e o risco aumenta a cada parto. Em cesáreas, o risco diminui.
Apesar de todos os avanços médicos, algumas destas complicações são inevitáveis e variam de caso para caso. É a função do médico informar a gestante sobre os riscos de todos os tipos de parto, para que juntos decidam o tipo mais adequado à saúde dela e do bebê.
Leia também:
Intervenções: saiba quando e por que elas são necessárias no parto
Parto normal x cesárea: saiba quais são as principais diferenças entre os dois
Parto normal: tiramos as principais dúvidas sobre o processo