Uma mãe britânica resolveu processa o sistema público de saúde da Inglaterra depois de dar à luz um bebê com Síndrome de Down. Edyta Mordel, 33, alega que se soubesse que o filho tinha a condição genética no começo da gestação, teria abortado.
Ao que parece, houve um erro do comunicação entre paciente e hospital na hora de perguntar se ela gostaria de fazer uma bateria de exames mais detalhada e por isso, ela não conseguiu saber que estava grávida de um bebê especial.
Aleksander nasceu em 2015, mas o caso foi levado para A Suprema Corte de Londres, apenas esse mês. A juíza ouviu tanto a mãe do menino, quanto o hospital e acabou optando pelo lado de Edyta, que receberá uma boa indenização para cobrir os gastos que tem com o filho.
Segundo a BBC, o hospital ainda vai ter que implementar um sistema de triagem mais eficiente. Caroline Ainslie, diretora de enfermagem do Trust, comentou o caso: “Mais etapas foram introduzidas para melhorar nossos serviços aos pais”.
A emissora britânica também teve acesso ao veredito do responsável pelo julgamento do caso:”O requerente provavelmente teria feito um outro exame se lhe dissessem que havia um alto risco de síndrome de Down. Ela era uma mãe relativamente jovem e acho que, no final das contas, o medo de estar grávida de um filho com síndrome de Down teria, pelo menos para ela, teria alterado a decisão dela de continuar”.
Edyta foi muito criticada por falar que abortaria Aleksander se soubesse da síndrome antes, mas ela reforça que isso não altera em nada o amor que ela sente pelo filho. O advogado dela, Money-Kyrle, ainda completou o motivo do processo: “Isso nunca foi sobre se eles amavam ou não o filho. Foi sempre uma questão de obter uma admissão e respostas sobre as falhas nos cuidados com Edyta para descobrir o que havia dado errado e garantir que ninguém mais sofresse falhas semelhantes no futuro”.
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