Nessa terça-feira, dia 15 de novembro, Gabriela Pugliesi, contou para os seguidores do seu Instagram que seu filho Lion, de apenas sete dias de vida, acabou pegando bronquiolite. A influenciadora fez um desabado na rede social e aconselhou outras mães a não receberem visitas se estiverem com bebês recém-nascidos.
“Passei pelo primeiro baque da maternidade, sei que isso faz parte, mas mexeu muito comigo. Ficamos no hospital, graças a Deus temos esse privilégio de ter um bom hospital, bons profissionais cuidando dele, mas quando viramos mãe, me peguei aflita pensando em todas as outras mães com nenéns pequenos… enfim, quero fazer um alerta pra quem está tendo filho agora, tentar não receber visita porque é um vírus muito chato. Ele pegou esse VSR, graças a Deus é um neném muito forte, então o vírus não evoluiu pro pulmão, mas ele teve que fazer aspiração com sonda… É tudo muito mais puxado e tinham várias crianças na UTI da pediatria com vírus, gripe… é muito ruim! Não gostaria que nenhuma mãe passasse pelo que a gente passou esses dias”, começou ela.
Continuou: “Dá pra evitar. Controle visita com recém-nascido, não deixa porque todo cuidado é pouco. Graças a Deus está tudo bem, ele é forte, mas vamos ter que continuar fazendo fisio aqui em casa porque um neném pequeno eles não sabem tirar esse catarro, tem que aspirar, fazer inalação, mas ele já está mamando muito bem. Esses dias estava focada nele, nem lembrei que Stories existe… Agora estou feliz porque estamos em casa. Mãe tem que ser muito forte mesmo. Não queria que nenhuma mãe passasse por isso… Os bebês são muito indefesos ainda… E importante: como percebemos? Nenéns recém-nascidos eles roncam, fungam, soluçam, é normal, mas ele começou a ter catarro espesso que não era um barulhinho normal de recém-nascido. E aí ele não conseguia mamar porque só consegue respirar pelo nariz e isso foi preocupando… a sorte foi que fiquei atenta a esses sinais, percebi que ele não estava legal. Falamos com pediatra e ele pediu para internar. Ele estava desde sábado lá.”, finalizou a mãe.
Bronquiolite: o que é, principais sintomas e como prevenir essa doença
O médico do departamento Materno-Infantil do Hospital Albert Einstein, dr. Claudio Len, é nosso braço direito para falar sobre saúde das crianças. Na coluna “Dr. Claudio responde” desta edição, o especialista contou tudo o que você precisa saber sobre bronquiolite. Veja a seguir!
“Minha suspeita é de bronquiolite”. Quando faço este diagnóstico no consultório percebo que os pais ficam preocupados. Procuro acalmá-los rapidamente, explicando que, na maioria dos casos, esta doença não é complicada e que em alguns dias os seus filhos estarão bem.
A palavra bronquiolite vem do grego (bronchion = brônquio + itis = inflamação). Esta doença é causada por vírus respiratórios, sendo o mais comum deles o vírus sincicial respiratório. De um modo geral, acomete crianças até os dois anos de idade e os sintomas costumam ser mais intensos nos bebês com menos de 6 meses.
Os sintomas iniciais são os de um resfriado comum, como coriza, irritabilidade e em algumas situações febre baixa. Depois de dois a três dias o vírus vai para os brônquios, que ficam inflamados e mais fechados, e há uma intensa produção de muco. Nesta fase, as crianças ficam irritadas, chiam, tossem muito e ficam desconfortadas, com dificuldade para respirar. A respiração lembra a de um “cachorrinho” que correu muito.
Neste momento os pais devem procurar assistência médica sem hesitar, de preferência em um pronto-socorro. Em algumas ocasiões podem ser realizados testes para pesquisas de vírus, o que ajuda no acompanhamento médico; de um modo geral o tratamento é feito em casa, mas em cerca de 2% dos casos há necessidade de internação para hidratação, oxigenioterapia e fisioterapia respiratória.
Como prevenir bronquiolite?
Thays Moura, mãe de José Cristiano e Maria Emanuela
Não há vacina efetiva para a bronquiolite, por tratar-se de doença viral causada por vários tipos de vírus. Recomendo que os pais evitem ao máximo o contato dos bebês com pessoas resfriadas. Em algumas condições excepcionais, como prematuridade extrema e/ou doenças cardíacas e pulmonares precoces, há indicação de um medicamento preventivo. Recomendo que você converse com o seu pediatra para saber se o seu filho tem indicação.
Pode acontecer em qualquer época do ano?
Luciana Reis, mãe de Thiago
A bronquiolite é bem mais comum no outono e no inverno, mas pode ocorrer em qualquer época do ano. Cabe ressaltar que aglomerações, mais comuns em dias frios, propiciam a transmissão de vírus respiratórios. A inflamação também é bem mais comum em crianças com menos de 2 anos de idade. Mas já atendi várias crianças com 3 ou 4 anos de idade. No entanto, em crianças mais “velhas” deve ser feito o diagnóstico diferencial com asma brônquica e outras doenças respiratórias mais prevalentes.
É preciso ir para o pronto-socorro ao perceber os sintomas?
Janaína, mãe de Amanda
Os pais devem procurar assistência médica assim que notarem sintomas de bronquiolite, mesmo nos estágios iniciais. O pediatra da criança deve ser acionado, pois o exame clínico confirma o diagnóstico e a ausculta pulmonar indica o grau de comprometimento dos brônquios. No caso de gemência, cansaço ou respiração curta, recomendo que os pais levem os seus filhos imediatamente para o pronto-socorro, para que sejam tomadas as medidas necessárias para o tratamento.
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