Uma bebê nascida em North Yorkshire, na Inglaterra, tem um traço que a diferencia das outras crianças – uma marca de nascença entre os olhos e a testa. Os pais de Viena desejam que ela passe por uma cirurgia de remoção da mancha, mas o médico-cirurgião que atende pelo Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra disse que não vai operá-la.
Isso porque, de acordo com o especialista, a bebê precisa ter idade suficiente para tomar sua decisão por conta própria. Muito decepcionado com a resposta do cirurgião, o pai de Viena, Daniel Brookshaw, de 26, contou ao Daily Mail que depois da conversa com o médico-cirurgião, ele e a esposa conversaram com um dermatologista.
“Também conversamos com um dermatologista, que concordou com o cirurgião. Ele disse ainda que isso não afeta a saúde dela e que não é cancerígeno no momento. Disseram que ela será capaz de tomar sua própria decisão [quando mais velha] e que ela não sofrerá bullying até que ela esteja na escola secundária”, disse Daniel.
Independente do discurso dos dois especialistas, os pais estavam determinados em tirar a mancha da face da bebê. Isso porque ele e a mãe da menina, Celine Casey, temem que a marca afete negativamente a saúde psicológica da filha. “Quando ela ficar mais velha e começar a entender as coisas, aos 3, 4 ou 5 anos, ela vai perceber que não é igual a outras crianças em termos de aparência. Não queremos que isso afete a saúde mental dela”, explicou.
Viena nasceu com um tipo raro de mancha, chamado ‘nevo meloncístico congênito’, que basicamente é o acumulo de células de pigmento benigno, que causa uma marca preta na testa. Os médicos ainda explicaram que a marca tende a aumentar conforme os anos forem passando. “Não há chance de diminuir. Esperávamos que com o tempo a marca pudesse desaparecer, mas não vai”, afirmou o pai.
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Ainda de acordo com ele, Viena teria que passar por três cirurgias de remoção. A primeira aos 10 meses de idade, a segunda 6 meses depois e a terceira em outros 6 meses. “Eles removem uma parte, esticam a pele e depois removem outra parte. Chama-se incisão em série e ela precisaria de anestesia geral”, explicou.
Como o serviço foi recusado no hospital público de Londres, o casal está tentando arrecadar dinheiro para que a operação da menina seja realizada em um hospital particular. “‘A saúde mental é muito importante. Crianças pequenas na escola primária sofrem bullying mesmo quando não são portadoras de deficiência”, reforçou a mãe.
Segundo o Daily Mail, um porta-voz do hospital que se recusou a operar Viena se justificou: “A remoção de um grande nevo melanocítico causa cicatrizes que podem ser significativas. É prática comum esperar até que a criança tenha idade suficiente para compreender as implicações desta cirurgia antes de prosseguir. Nos casos em que nossa equipe de especialistas não identifica nenhum motivo clinicamente urgente para a realização da cirurgia, nossa recomendação é que o caso seja revisado novamente em 12 meses”.