
Hoje em dia é raro ver crianças que não mexem no celular. Em alguns casos, as mães ficam preocupadas com o tempo excessivo dos filhos. Pensando nisso, a brasileira, Luíza Mendonça desenvolveu um aplicativo que bloqueia os aparelhos dos filhos.
“Comecei a conversar com mãe e pais para entender quais eram as angustias para compartilhar isso e aí foi tomando rumo. A gente começou com um navegador seguro e aí entrou com a ideia de construir um aplicativo de controle parental”, afirmou Luiza para o G1.
O AppGuardian possibilita os pais verem os aplicativos e mensagens contidas no celular do filho, além de estabelecer o tempo limite de tela e bloquear de aplicativos.
Ela afirma que é uma oportunidade de criar laços com a criança. “Com o aplicativo você consegue entender o que estão fazendo dentro do aparelho e, com isso, tem insumos para abordar a criança quais são seus youtuber preferidos, que livro está lendo, qual jogo”, contou.
Luiza investiu cerca de R$ 1 milhão para desenvolver o aplicativo e agora tem o objetivo de expandir o projeto, o qual conta com mais de 30 mil downloads, para a América Latina até 2020.
Como controlar seus filhos?
Cerca de 80% dos pais não sabem o que os filhos acessam na internet, segundo uma pesquisa do CyberHandbook. De acordo com Andrea Ramal, doutora em Educação pela PUC-Rio e autora do livro Educação na Cibercultura, você PRECISA estar antenado e participar do mundo digital e acompanhar o seu filho.
Não tem como escapar é preciso se informar cada vez mais sobre tecnologia e aprender a usar os dispositivos e mídias que as crianças dominam. É o único jeito de saber o que está acontecendo e assim poder proteger seu filho sempre que uma ameaça chegar ao seu radas!
Segundo Maíbi Mascarenhas, pedagoga, coordenadora da pós-graduação em Educação Inclusiva do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores, gestora da “Água Mágica Festas e Artes” e mãe da Valentina, o melhor caminho é: colocar filtros nos aplicativos, limitar o tempo de uso e acompanhar todas as atividades da criança no celular bem de perto.
“Sim, fique ao lado, vasculhe o histórico e pergunte sobre o que viu. Mostre também exemplos de informações que não são reais e deixe claro que qualquer ameaça a ele, família ou qualquer outra pessoa, deverá ser avisada. Converse com ele explicando, de um jeito que seu filho possa entender, que parte do que existe na internet não é real”, aconselha Maibí.
Conversa é a chave! Fale com seu filho sobre as redes sociais o tempo inteiro.
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