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Início Ela diz, ele diz

Aniversário em quarentena não deveria contar

Por Ana Cardoso e Marcos Piangers
07/11/2020
Em Ela diz, ele diz
As tentativas e comemorações mudaram de ambiente

As tentativas e comemorações mudaram de ambiente Shutterstock

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Ele: Aniversário na quarentena

O primeiro aniversário foi da minha filha mais velha, os míticos quinze anos de idade sendo celebrados na nossa cozinha gelada, sem amigas, sem valsa (não que ela quisesse) e sem a presença vip de algum artista da Globo, como as meninas faziam na minha época. Tudo o que ela queria era ir, pela primeira vez, em um festival de música como seu presente de quinze anos. Já tínhamos os ingressos quando veio a pandemia, a quarentena, o cancelamento do festival, e aqueles shows tristes dos artistas internacionais em suas casas. Lembro da minha filha assistindo à Billie Eilish na televisão e chorar, por ter seu presente de aniversário roubado pelo vírus. “Todos tivemos”, eu disse a ela.

As tentativas e comemorações mudaram de ambiente (Foto: Shutterstock)

No dia 21 de maio minha filha mais nova fez oito anos. Uma vez perguntei o que queria ganhar de aniversário e ela disse: “Qualquer coisa, papai. Eu gosto de tudo”. Foi, portanto muito fácil deixá-la feliz no seu aniversário em quarentena: bastou passar o dia ao seu lado. Fizemos um café da manhã especial e, ainda pela manhã, começamos a preparar o almoço da família. “Almôntegas!” (sic), ela escolheu. E fizemos o arroz, almôndegas, salada, e depois o bolo de chocolate com confete colorido que ela queria. De tarde, na aula online, os colegas zeram uma surpresa e cantaram Parabéns a Você, um momento singelo e fofinho mas, ao mesmo tempo, de partir o coração. Antes de dormir assistimos A Creche do Papai, com o Eddie Murphy.

O aniversário da minha mãe e o Dia das Mães foram solitários, por isso pedi como meu presente de aniversário de 40 anos encontrá-la. Foi um domingo nublado e triste, a praia estava ventosa, minha irmã trouxe um bolo de chocolate, mas não soprei as velas pra não jogar perdigotos no bolo, vai saber. Pude estar com a minha mãe mas mantivemos uma distância carente e doída. Nada de abraços longos, como eu tanto desejava. Ganhei uma blusa de lã. O último aniversário, da minha esposa, aconteceu na semana passada. Fazia sol e calor, fomos ao parque de máscaras e convidamos dois casais de amigos. Um dia agradável, as crianças brincaram à distância com um balão, os adultos tomaram vinho branco.

Esta é uma época que a alegria soa fingida, as festas não são realmente festas, são momentos constrangidos, a vida encabuladamente nos dizendo “é o que tem”. Quando comemoramos o primeiro aniversário do ano, em março, comentávamos que no Natal tudo já estaria resolvido. “No Natal de 2021!”, eu brinquei, para desespero delas, uma profecia que está cada vez mais próxima de se cumprir. Como será nosso Natal este ano? Melancólico, como todos os natais, porém mais; pela distância, pelas notícias, pela economia, pelo fogo que consome as florestas, pelos desejos não atendidos quando não sopramos nossas velas de aniversário.

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Aniversário na pandemia não deveria contar. Que graça tem fazer anos, comemorar nossa chegada no planeta sem música alta, um monte de presente inútil e abraços dos amigos? O primeiro parabéns desta residência este ano foi um fracasso. Ao invés de viajar, ir a shows, ver sua ídola e ter não um début, que em francês significa início, mas ao menos uma provinha de uma vida social adulta divertida, Anita, a ariana, foi sorteada com a primeira semana da quarentena. Bem aquela, em que rolava um quase lockdown, aquela mesma das ruas e dos locais turísticos vazios e das máscaras horrorosas improvisadas.

A Anita estava possessa. Odiou tudo: os balões na sala, meio murchos (é fato); as bandeirolas na cozinha que diziam ELIZ ANIVERSÁRIO (onde foi parar o F?) e principalmente a nossa tentativa de deixar o dia animado. Nessas condições, confesso que tive até medo de seus olhares fulminantes. “Vamos pedir sushi? Alguém quer pizza? Videochamada com a família, que tal?’. Bum, batia a porta. Um mês depois, foi a vez da Aurora lamentar-se. Gêmeos gosta de tudo, ufa. Ela tem uma turma muito unida na escola. É aquele tipo de gente que comparece em massa, dá abraço coletivo e nunca quer se separar. Dormiriam na escola, varreriam o salão das festas e adormeceriam juntos olhando as estrelas se pudessem. Quase todas as festas da turma costumam ser num clube.

As crianças voltam imundas, com alguns arranhões no joelho, areia no cabelo, lembrancinhas grudentas e um estoque de serotonina para a semana. Nada a ver com a festinha que organizei no Zoom pra ela, que ela abominou. Na gincana da depressão, o do Marcos ganhou. Fomos pra praia, onde encontramos vento, frio e um diagnóstico triste de câncer da minha sogra (agora em tratamento e rumo à cura). Foi a única festa com presentes caros e bolo de chocolate com doce de leite, mas o inverno estava dentro de nós. Fiz algumas imagens pra registrar os 40 anos do moço, leonino por nascença. É bom estar vivo, é bom ter saúde, mas que aniversário deprê.

Em setembro, voltamos e o letreiro – eliz aniversário – seguia firme na cozinha. Meu aniversário se aproximava e, ao contrário do que esperei em março, ainda em quarentena, &ˆ$#&!! Não sei se foram as lições, os ares da primavera ou o fato de alguém ter sumido com aquela frase incompleta (provavelmente a Anita), incapaz de trazer felicidade ao homenageado do dia; só sei que meu aniversário foi sucesso, com direto a sol, calor, tele-entrega de comida indiana e um pique-nique com muito álcool gel e duas outras famílias que seguem os mesmos protocolos quarentenners que nós. Foi um dia muito feliz, pra mim, virginiana, que organizei tudo bem ao meu gosto, sem imprevistos e com cada máscara no seu devido lugar.

MORAL: “Vai passar. Não tem graça, não é bom e se os aniversários foram frustrantes, calcula o tombo de quem estava planejando um casamentão.”

Tags: AniversárioComemoraçãocoronavíruspandemiaquarentena
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