
Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de nove anos, foi morta por um menino de 12 anos no último domingo, 29 de setembro, no Parque Anhanguera, Zona Norte de São Paulo. Em entrevista ao G1, os colegas de escola e vizinhos afirmaram que o ‘amigo’ tinha um temperamento instável e que já havia brigado com as meninas no bairro onde ele e a menina moravam.
Uma colega de escola disse que o menino tinha dificuldades de integração com os demais alunos. A fonte afirmou ao G1 que estudava na sala de frente do menino e era comum ele brigar com outras meninas.
“Eu já conhecia ele e sabia disso, desde uns três anos atrás. Fui conversar com ele e disse que não era para fazer isso [brigar com as meninas]. Ele ficou irritado comigo, mas nunca tive problema com ele”, disse a menina. A mãe dela confirmou essa versão.
Pablo de Farias, cabeleireiro do bairro, conhecia o menino. “Ele passou mais algumas vezes, eu percebi que ele não tinha dinheiro do corte. Eu falei para ele: ‘você está indo para onde agora?’. ‘Estou indo para escola’. ‘Então quando você voltar, passa aqui eu corto seu cabelo e não cobro nada’”, contou.
Os vizinhos, ainda, explicaram que os dois brincavam muito na rua de casa e no Centro Educacional Unificado (CEU) Anhanguera, de onde Raíssa desapareceu. Já outro, contou que era muito comum ver o menino na rua. “A família não era muito de conversa. Era comum ver uma das irmãs do menino, mais velha, cuidando dele e das outras crianças da casa”, disse.
O garoto está na Fundação Casa com uma internação provisória de 45 dias, para ser acompanhado de assistentes sociais e psicólogos que farão um laudo psicológico para determinar o que ele tem.
