
Lara Santos enfrenta o luto em forma de cartas escritas para seu falecido pai. A família e o pai descobriram que ele estava com leucemia em um grau muito avançado, essa doença é a má formação das células sanguíneas, dificultando a capacidade do organismo de combater infecções.
A filha foi escolhida para a primeira transfusão de medula óssea do pai. A cirurgia deu certo durante seis meses, mas logo depois o estado dele foi piorando devido a severidade da doença. A Lara comenta que esse processo foi fundamental para o fortalecimento de laços com o pai.
“Hoje não quero ser muito sentimental por aqui. Quero compartilhar detalhes da minha vida com você, como se eu estivesse chegando em casa e sentasse com você na sala para te atualizar sobre as minhas novidades. Faço isso com a mamãe, mas sinto falta dos seus comentários e da sua aprovação – que, para mim, era um sinal de orgulho.
Estou naquele mesmo emprego de quando você se foi. Já fazem sete meses que trabalho no mesmo lugar e, pela primeira vez em anos, me sinto motivada e valorizada. Fiz ótimas amizades, ganhei novas responsabilidades e estou melhorando muito a minha escrita (acho que essas cartas têm me ajudado muito nisso também). Me sinto feliz e mais importante que isso: me sinto em movimento”, Diz Lara em uma das suas cartas
Ele enfrentou a doença durante dois anos e logo, decidiu não continuar com os transplantes. O último dia dele foi ao lado da filha, dentro da UTI. Ela preparou uma playlist com as músicas que ele gostava e ficou ao seu lado o tempo todo.
Para conviver com ele, transformou a saudade em texto. Às quartas-feiras, ela escreve cartas ao seu pai em seu blog.
Proximidade entre pai e filha ajuda a superar o sentimento de solidão
É fato que a gente enfrenta momentos de solidão na vida, e você se engana se pensa que esse sentimento é problema apenas dos adultos.
Uma pesquisa da Universidade de Ohio, Estados Unidos, acompanhou 695 famílias e os pesquisadores fizeram perguntas para crianças que estavam no ensino fundamental, com idades de 6 a 11 anos. Além de questionar os filhos, os pais tiveram que responder sobre o quanto seus filhos se sentiam solitários e como funcionava a relação entre eles. Ao mesmo tempo as crianças respondiam sobre o quanto se sentiam sozinhas.
De acordo com o site Terra, o estudo descobriu que, quanto menor a proximidade entre o pai e a filha, maior a probabilidade dela se sentir sozinha ao longo dos anos. Mas o efeito não acontecia com os filhos meninos.
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